O mundo mudou. Se na versão original de Vale Tudo (1988), o casal lésbico na trama não teve um final feliz, no remake a situação será diferente. Pelo menos, essa é a intenção da autora, Manuela Dias, e do diretor Paulo Silvestrini.
Nos anos 1980, o casal Cecília (Lala Deheinzelin) e Laís (Cristina Prochaska) tinha uma relação, mas era algo que ficava subentendido, algo muito sutil nas cenas. Mesmo assim, a Divisão de Censura e Diversões Públicas (DCDP) interferiu em muitas cenas do casal. No capítulo 75, Cecília acaba morrendo em um acidente de carro.
O diretor da trama, Paulo Silvestrini, explicou o porquê da mudança na história da personagem, que será defendida na nova versão por Maeve Jinkings. “Foi um desejo logo no início da Manuela de que ela não morresse. E eu fiquei bem feliz, porque vamos poder aproveitar a Maeve por mais tempo. Sou muito fã do trabalho dela”, disse numa entrevista à coluna Play, do jornal O Globo.
O caos que Marcos Aurélio (Alexandre Nero) irá fazer para tomar a fortuna de Cecília, a sua irmã, permanecerá na trama, como na versão original. “Na verdade, ela servia para provocar entre o Marco Aurélio e a Laís uma discussão sobre quem herda o que fica de um relacionamento homoafetivo. Esse relacionamento se mantém agora, e a Cecília criou mais uma função na trama. Tem outras questões que serão discutidas, como a da adoção. Vamos falar sobre família”,explicou o diretor.