Lady Gaga desembarcou no Rio de Janeiro para realizar um show gratuito na praia de Copacabana no próximo sábado (3). A cantora norte-americana retorna à cidade carioca após 13 anos de sua última visita, ocorrida em 2012.
Em 2017, a artista precisou cancelar sua apresentação no Rock in Rio devido a uma crise de fibromialgia, doença crônica caracterizada por dores musculares generalizadas. Na ocasião, Gaga comunicou aos fãs brasileiros: "Brasil, estou devastada. Não estou bem o suficiente para ir ao Rock in Rio. Eu faria qualquer coisa por vocês, mas preciso cuidar do meu corpo agora".
A fibromialgia, condição que afeta a cantora, provoca além das dores musculares, fadiga intensa, problemas de sono, dificuldades de memória e atenção, ansiedade e possível depressão. O Ministério da Saúde informa que pacientes com essa síndrome relatam redução na capacidade de realizar atividades cotidianas.
O diagnóstico da fibromialgia é realizado por médicos reumatologistas, sem exames específicos para identificar a doença. Um dos métodos utilizados consiste na pressão em 18 pontos específicos do corpo - o diagnóstico tende a ser confirmado quando o paciente sente dor em 11 ou mais desses pontos. A persistência de fadiga extrema, mesmo após períodos prolongados de descanso, também constitui um indicador relevante.
A artista interrompeu temporariamente sua carreira em 2017 para concentrar-se em sua saúde. Em entrevista a Oprah Winfrey em 2020, Gaga revelou que incorporou a terapia comportamental dialética (DBT, na sigla em inglês) ao seu tratamento, junto com medicamentos. A Cleveland Clinic define a DBT como uma forma terapêutica derivada da terapia cognitivo-comportamental, adaptada para pessoas que experimentam emoções muito intensas.
Além da fibromialgia, Lady Gaga também convive com lúpus, doença na qual o sistema imunológico "ataca" diversos órgãos e tecidos, incluindo pele, articulações, rins e cérebro. A Sociedade Brasileira de Reumatologia aponta que o lúpus afeta principalmente mulheres jovens entre 15 e 45 anos, podendo ser fatal em casos graves sem tratamento adequado.
As doenças autoimunes como o lúpus são geralmente crônicas, com sintomas que podem surgir e desaparecer sem causa aparente, conforme o Ministério da Saúde. Estudos médicos indicam que fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais podem estar combinados no desenvolvimento do lúpus. Exposição solar, infecções ou uso de determinados antibióticos podem desencadear a doença.
O tratamento para fibromialgia combina medicamentos com terapias como fisioterapia, acupuntura e atividade física regular. A Sociedade Brasileira de Reumatologia orienta que pacientes com lúpus evitem exposição solar, não fumem e pratiquem exercícios físicos regularmente.
(Com informações de Luísa Monte/Folhapress)