O aclamado filme Bastardos Inglórios (2009), dirigido por Quentin Tarantino, está disponível no catálogo da Netflix e volta a ganhar destaque entre os fãs de cinema. Misturando drama, ação e humor ácido, o longa propõe uma reinterpretação fictícia e provocadora da Segunda Guerra Mundial, com uma narrativa que subverte os acontecimentos históricos para criar um final catártico e surpreendente.
Estrelado por Brad Pitt, Mélanie Laurent, Christoph Waltz e Diane Kruger, o filme acompanha dois núcleos principais: o pelotão de soldados judeus americanos liderado pelo Tenente Aldo Raine (Pitt), conhecido como “Os Bastardos”, e a trajetória de Shosanna Dreyfus (Laurent), uma jovem judia em busca de vingança após ver sua família ser assassinada por nazistas. Os destinos desses personagens se cruzam em um plano audacioso para eliminar a alta cúpula do Terceiro Reich durante a exibição de um filme em Paris.
Um dos destaques da obra é a performance de Christoph Waltz como o coronel Hans Landa, papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. A interpretação magistral e multilíngue do ator austríaco trouxe camadas de ambiguidade ao personagem, que se tornou um dos vilões mais marcantes do cinema contemporâneo.
Com roteiro afiado e cenas de tensão meticulosamente construídas, Bastardos Inglórios é um exemplo do estilo tarantinesco: diálogos extensos, violência estilizada e referências à cultura pop e ao cinema clássico. A trilha sonora, que mistura composições de Ennio Morricone com músicas de westerns e filmes de guerra, também contribui para o tom peculiar da narrativa.
O filme foi indicado a oito Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, e venceu na categoria de Roteiro Original no BAFTA. Sua chegada à Netflix reacende debates sobre o papel do cinema na reinterpretação de fatos históricos e oferece ao público a chance de revisitar — ou descobrir — uma das obras mais ousadas de Tarantino.
Com seu humor ácido e olhar crítico, Bastardos Inglórios continua sendo uma obra provocadora, que desafia convenções e convida o espectador a refletir sobre justiça, poder e o impacto da narrativa no imaginário coletivo.