O thriller Fim dos Tempos, lançado em 2008 e dirigido por M. Night Shyamalan, acaba de chegar ao catálogo do Disney+, reacendendo debates sobre seus temas ecológicos e seu estilo narrativo. Estrelado por Mark Wahlberg e Zooey Deschanel, o filme mistura elementos de ficção científica e terror psicológico para abordar uma ameaça invisível que provoca mortes em massa de forma misteriosa e silenciosa.
Na trama, um fenômeno inexplicável começa a se espalhar pelos Estados Unidos, fazendo com que as pessoas cometam suicídio sem motivo aparente. À medida que o pânico cresce, o professor de ciências Elliot (Mark Wahlberg), sua esposa Alma (Zooey Deschanel) e outros sobreviventes tentam escapar da região afetada. A teoria que se impõe é que a própria natureza estaria reagindo contra os humanos, liberando toxinas no ar como uma forma de retaliação ecológica.
Apesar da proposta instigante, Fim dos Tempos dividiu a crítica e o público. Muitos consideraram a ideia original e provocadora, mas criticaram a execução e as atuações pouco expressivas. Wahlberg e Deschanel foram apontados como frios diante da situação caótica, o que acabou afetando a credibilidade emocional da narrativa. Ainda assim, o filme conquistou uma legião de fãs que apreciam a atmosfera desconfortável e a reflexão ambiental proposta.
Com um ritmo mais lento que o habitual nos thrillers de desastre, o filme se apoia no suspense psicológico e na sugestão, sem entregar explicações óbvias. Essa escolha de Shyamalan reforça a ideia de que o maior inimigo pode não ser visível — mas sim uma consequência direta da própria ação humana sobre o planeta. O final aberto, sem soluções fáceis, convida o espectador a pensar sobre a fragilidade da nossa existência diante das forças naturais.
Você está lendo um conteúdo originalmente publicado no Observatório da TV. Confira mais em: https://observatoriodatv.com.br