Tatyane Goulart abriu o coração sobre como é ser mãe solo de Catarina, de 6 anos, e voltou a expor a ausência do pai da menina em sua criação desde que o comunicou que estava grávida.
"Ele não quis participar. Ele escolheu não participar, escolhe até hoje. Ele não participa... Sequer conheceu a Catarina. Mas fui construindo essa maternidade sempre muito sozinha", relatou a atriz em entrevista ao podcast Mamãe Solo, apresentado por Gabriela Correia no TikTok.
Taty recordou do dia em que contou ao pai de Catarina que estava grávida: "Mas em todos os momentos, eu falava: 'quero muito essa criança. Quero por mim, por ele, por todo mundo. Então, assim, vou me resolver, vou dar um jeito aqui e vou me organizar'. Eu vou te dizer uma frase, que ouvi dele, e que você me conhece há tempo suficiente e vai entender onde isso bateu. Ele falou assim: 'cara, eu estou com um problema, porque você sabe que tenho lá a Fulana e faz o seguinte... Vamos, por ora, interromper isso e aí. Termino com ela e, no futuro, a gente engravida'".
A atriz, então, contou o que respondeu ao pai da menina na ocasião: "Eu não estou negociando uma gravidez, não estou negociando um namoro. Estou dizendo que estou grávida. Você faz o que você quiser com essa informação. Sei que tenho um filho, uma filha, não sei ainda o que é agora. Se você tem uma relação, se a gente vai ter uma relação, se a gente vai ser amigo, se a gente vai para lados opostos, isso ninguém sabe dizer. Sei que eu, a partir de hoje, não estou mais sozinha. Você eu não sei".
Ação na Justiça
Após o nascimento de Catarina, Tatyane Goulart entrou com uma ação de alimentos contra o pai da criança na a fim de que seja fixado o valor a ser pago. Em 2023, a atriz falou sobre o processo que ainda segue em andamento.
"A ação que corre é a mesma de quando ela tinha meses de vida. Às vezes, preciso desabafar. Porque a sensação que eu tenho é a de que estou pedindo para ser vista ou de que estou pedindo favor ao pai dela, alguém que tem tanta responsabilidade quanto eu em prover", desabafou a artista em entrevista ao jornal O Globo.
Taty acrescentou: "Minha advogada diz que, quando a gente tem uma ação de alimentos, não dá para ter exatidão sobre o que acontece em sigilo (a respeito de valores, entre outros fatores), mas fico incomodada e penso que não é possível que a Justiça continue permitindo uma impunidade dessa".
A mãe de Catarina falou ainda sobre como a situação afeta a filha emocionalmente: "No primeiro ano de escola, ela teve um trabalhinho sobre família e tinha que preencher algumas informações. As outras crianças levaram como puderam. E ela me perguntou: 'Cadê meu pai?' Eu disse: 'Ele está na casinha dele, tem outra família'. Ela não tem maturidade para lidar com essa rejeição".
Tatyane Goulart completou: "Então, ela falou: 'Meu pai é nada'. Minha psicóloga orientou a não mostrar foto nem objetos que a fizessem construir um pai. Há um tempo, ela começou a ficar revoltada com isso e dizia: 'Todo mundo tem pai. Eu também quero ter pai'. Em dada época, eu o procurei. E ele disse que a conheceria num momento oportuno. Fico tentando entender que momento será esse. Não quero expor minha filha a essa carga de rejeição. Não posso obrigá-lo".