A notícia da morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, neste domingo (20/7), interrompeu a alegria da 26ª Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte. O anúncio foi feito pelo presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), Maicon Chaves, do alto do trio elétrico na Praça Sete, no centro da capital.
"Preta Gil, presente!," gritou a multidão em couro após o DJ tocar "Sinais de Fogo", composição da mineira Ana Carolina que ficou conhecida na voz de Preta.
"Fiquei abalado demais, mas penso que nem o pai dela, melhor ela descansar do que ficar aqui sofrendo. É uma cantora importante para o país e para a comunidade gay em especial, sempre apoiou a comunidade", Lucas Mendes, disse 40 anos. Maicon Magalhães, 34. emocionado, mal conseguiu se expressar. "Estou arrasado", disse em meio às lágrimas.
Preta Gil sempre falou abertamente sobre a sua sexualidade. Ela contou que, desde a infância, já entendia sua bissexualidade. “Sou preta, sou gorda, sou bissexual, estou tratando um câncer e vou vencer. Estou solteira, e sou filha do imortal Gilberto Gil”, disse Preta, durante um show realizado em 2023.
Em 2022, estampou a capa digital da Vogue Brasil e pediu para ser fotografada sem edições, mostrando suas dobras, estrias e marcas. “Envelheci, o que é natural. Sou uma metamorfose ambulante”, falou.