A trajetória de Preta Gil sempre esteve ligada à autenticidade. Entre música, televisão e ativismo, construiu uma carreira que refletia vivências reais e um posicionamento firme diante de temas importantes. Sua arte, carregada de identidade, trouxe para o público mais do que entretenimento: um convite para enxergar a vida com coragem e afeto.
Relembrar sua história é revisitar conquistas, desafios e episódios que marcaram a cultura brasileira. A seguir, confira 5 momentos marcantes da vida e carreira da Preta Gil!
1. A maternidade e a transformação pessoal
Poucos acontecimentos têm impacto tão profundo quanto a chegada de um filho, alterando rotinas, afetos e até a maneira de enxergar o mundo. Em 1995, Preta Gil viveu essa mudança com o nascimento de Francisco Gil, fruto de seu relacionamento com o ator Otávio Muller.
A maternidade trouxe novos desafios, mas também um amadurecimento que ela sempre reconheceu como essencial em sua trajetória. Fran, que seguiu carreira musical, tornou-se um elo vital na história da artista, marcando não só sua vida pessoal, mas também refletindo no modo como Preta Gil lidava com arte, afeto e propósito.
2. O primeiro álbum e a afirmação artística
Aos 29 anos, Preta Gil decidiu abandonar o caminho da publicidade para mergulhar em uma nova fase: a música. O lançamento de “Prêt-à-Porter”, em 2003, não foi apenas uma estreia discográfica, mas uma afirmação de identidade. A capa ousada, com a artista nua, causou impacto imediato, ao mesmo tempo em que o repertório misturava MPB, pop e elementos contemporâneos, criando uma sonoridade que refletia sua autenticidade.
Foi nesse álbum que surgiu “Sinais de Fogo”, música composta por Ana Carolina especialmente para Preta Gil, que se tornaria um de seus maiores sucessos. Essa primeira obra mostrou que ela não temia romper padrões, revelando uma artista que unia vulnerabilidade e ousadia em igual medida.
3. O “Vai e Vem” e a busca por diálogo
Em 2010, Preta Gil assumiu outro papel ao comandar o programa “Vai e Vem”, no GNT. A atração, gravada em um cenário que simulava um elevador, propunha conversas abertas sobre sexualidade com figuras conhecidas, sempre em tom leve e espontâneo. Mesmo com um tema considerado delicado para a TV da época, ela fez questão de manter inteligência e humor no centro da condução, criando um espaço em que assuntos íntimos podiam ser tratados com naturalidade.

4. Gilberto Gil no Bloco da Preta
Quando Preta Gil criou o Bloco da Preta em 2009, no Rio de Janeiro, a ideia era transformar o Carnaval de rua em uma festa que unisse música, ancestralidade e diversidade. O projeto cresceu rapidamente e, em poucos anos, tornou-se um dos blocos mais tradicionais do país, atraindo multidões e reforçando a identidade cultural da cantora.
Em 2016, um momento histórico marcou a trajetória do evento: Gilberto Gil, pai de Preta, subiu ao trio elétrico pela primeira vez. O encontro entre gerações e a troca de afetos diante de 300 mil pessoas pelas ruas do Rio transformaram aquele desfile em uma cena inesquecível. Mais do que música, a apresentação simbolizou legado e continuidade, mostrando como arte e família se encontram em celebrações que ultrapassam o palco e se tornam parte da memória cultural brasileira.
5. Participações no audiovisual e na televisão
Em 2003, no mesmo ano em que lançou “Prêt-à-Porter”, Preta Gil estreou como atriz na novela “Agora é que São Elas”, da TV Globo, interpretando Vanusa, personagem que lhe trouxe visibilidade também na teledramaturgia. O sucesso foi impulsionado pelo momento em que seu nome estava em evidência, graças à repercussão da capa ousada do álbum e da música “Espelhos D’Água”, incluída na trilha sonora da trama.
Em 2007, viveu a vilã Helga na novela “Caminhos do Coração”, primeira fase da trilogia “Os Mutantes”, da Record. Preta GIl também brilhou em participações como ela mesma em novelas como “Caminho das Índias”, “Ti-Ti-Ti”, “Cheias de Charme” e “Pé na Cova”, além de marcar presença em séries como “Ó Paí, Ó”, “As Cariocas” e no humorístico “Vai que Cola”, em que interpretou Flor de Liz.