O cantor sertanejo Murillo Huff, de 29 anos, conquistou a guarda unilateral do filho Léo, de 5 anos, fruto de seu relacionamento com a cantora Marília Mendonça (1995-2021). O sertanejo havia solicitado a tutela provisória em meio a um processo contra a avó da criança, Dona Ruth.
Na audiência de conciliação no Fórum Cível de Goiânia (GO), no início da semana, o juiz foi enfático ao apontar situações de negligência envolvendo a condição de saúde da criança e a dinâmica de alienação parental por parte da matriarca da família Mendonça. Em um trecho da sentença divulgada pelo Portal LeoDias e pelo jornalista Gabriel Perline, o magistrado apontou que o pai da criança tem todos os direitos sobre a sua criação.
"A figura da família extensa, embora reconhecida como núcleo de apoio afetivo e social relevante, não detém prioridade legal nem presumida para a assunção da guarda da criança. A guarda para avós e avôs é medida somente a ser considerada quando ambos os pais estão ausentes, impedidos, suspensos ou destituídos do poder familiar", diz a sentença.
O juiz também reconheceu que Murilo Huff está se esforçando para organizar a sua agenda de shows para atender as demandas da criação de seu filho. "Embora o genitor exerça a profissão de cantor, atividade que, em regra, implica compromissos noturnos, viagens e deslocamentos frequentes, ele ajustou sua agenda profissional de modo a priorizar a permanência junto ao filho", diz a decisão.
Outro ponto levantado na sentença do magistrado, é que existiram tentativas de alienação parental, em que supostamente Murilo Huff não estaria se importando com o filho. "Construir no imaginário infantil a falsa ideia de que o pai é ausente, incompetente ou irrelevante. Práticas que configuram atos de alienação com consequências severas e duradouras ao desenvolvimento afetivo da criança".
No entanto, o juiz reconheceu a importância da convivência entre Léo e Dona Ruth, permitindo que a criança fique com a avó em finais de semana alternados, das 18h da sexta-feira às 18h do domingo, com retirada e devolução na casa do pai.
Na última semana, Murilo Huff havia se manifestado publicamente sobre a motivação do processo que, segundo ele, foi pela necessidade de proteger Leo e esclarecer mal-entendidos.
“Entendam que, para mim, o mais confortável seria ficar calado. Mas diante de tudo que eu descobri nos últimos meses, a prioridade agora é o bem-estar do meu filho. Tomei essa decisão por um bem maior. Não julguem sem conhecer a história por completo”, disse, na ocasião.