A minissérie Cidade Tóxica, lançada neste ano pela Netflix, mergulha em um escândalo ambiental real na cidade de Corby, na Inglaterra, onde crianças nasceram com defeitos congênitos devido à exposição à poeira tóxica. Apesar de ter 100% de aprovação no Rotten Tomatoes e nota 7,5/10 no IMDb, a produção passou despercebida no catálogo brasileiro, não entrando no Top 10 da plataforma.
Com apenas quatro episódios, a série é uma produção concisa, mas impactante, ideal para quem busca histórias baseadas em fatos reais e repletas de emoção.
A trama acompanha Susan McIntyre (Jodie Whittaker) e outras mães que enfrentam hospitais, consultas médicas e a luta por justiça, após perceberem que a contaminação ambiental estava afetando seus filhos. Personagens como Tracey Taylor (Aimee Lou Wood) e Maggie Mahon (Claudia Jessie) retratam a coragem de mulheres que se uniram em um processo coletivo, confrontando negligência e buscando respostas que iam muito além de compensações financeiras. O advogado Des Collins (Rory Kinnear) desempenha papel central, reunindo informações cruciais e conectando as famílias à investigação jornalística que revelou a gravidade da situação.
Baseada no escândalo de Corby, considerado a Erin Brockovich britânica, a série destaca os desafios enfrentados pelas famílias diante de autoridades negligentes e exposições perigosas, como lama e poeira contaminadas. A produção contou com a consultoria das mães reais envolvidas para garantir fidelidade histórica, além de um elenco de peso que inclui Brendan Coyle e Claudia Jessie, e a adaptação do roteirista Jack Thorne, conhecido pelo sucesso de Adolescência.
Além da narrativa envolvente, a Netflix promoveu a série com uma campanha inovadora no Reino Unido, utilizando outdoors que desapareciam em nuvens de fumaça quando a qualidade do ar ficava ruim, reforçando a mensagem de alerta ambiental. Cidade Tóxica se apresenta como uma obra curta, potente e educativa, trazendo à tona um capítulo sombrio da história industrial britânica que muitos desconhecem, lembrando que “só porque você não consegue ver, não significa que não está acontecendo”.
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