A mortalidade por câncer colorretal deve crescer 36,3% nos próximos 15 anos no Brasil. A projeção está no 9º volume do Boletim Info.oncollect, da Fundação do Câncer, divulgado nesta terça-feira (5), Dia Nacional da Saúde. A cantora e empresária Preta Gil, 50 anos, que morreu em 20 de agosto deste ano, descobriu a doença em janeiro de 2023. Ela morreu após complicações causadas pelo câncer.
O levantamento mostra que a maioria dos pacientes morre com diagnóstico em estágio avançado, o que reduz as chances de tratamento eficaz e evidencia a ausência de políticas públicas de rastreamento.
“O câncer colorretal, também chamado de câncer do intestino ou câncer de cólon e reto, apesar de altamente prevenível, geralmente só é identificado já em fase avançada, o que dificulta o sucesso do tratamento, como ocorreu com a cantora Preta Gil. As informações apontadas em nosso boletim revelam que 78% das pessoas que foram a óbito apresentavam a doença nos estádios III ou IV, os mais avançados, ou seja, descobriram tardiamente o problema diminuindo as chances de cura”, salienta Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer.
Entre os homens, 50,9% morreram com a doença em estágio IV, enquanto entre as mulheres, esse índice foi de 52,3%.
O estudo utilizou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e projetou o cenário até 2040, com base em intervalos de cinco anos. A Região Sudeste aparece com a maior quantidade absoluta de mortes, com aumento projetado de 34%. Nacionalmente, o crescimento estimado é de 35% entre homens e 37,6% entre mulheres.