Após a notícia da prisão da bailarina Natacha Horana vir à tona nesta segunda-feira (20), em Balneário Camboriú (SC), a assessoria de imprensa da moça, que faz parte do balé do programa “Domingão do Faustão”, divulgou uma nota sobre o caso. O texto afirma que Natacha está muito abalada com o ocorrido e nega que ela tenha organizado uma festa clandestina.

“Natacha alugou um apartamento com dois amigos próximos na cidade e os mesmos convidaram cerca de dez pessoas para uma reunião social. Após receber um chamado, guardas municipais invadiram o apartamento juntamente com fiscais municipais, sem que ninguém da casa permitisse o ingresso dos agentes”, diz o comunicado.

 

“A bailarina estava dentro de seu quarto durante todo o período da reunião e por não estar participando, acreditou que não seria necessário abrir a porta do cômodo em que já estava acomodada. Exaltados e sem paciência para explicação, rapidamente os agentes da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, então, arrombaram a porta do cômodo”, afirmou o texto. “Deixamos aqui o nosso lamento pela atitude precipitada dos agentes que deveriam causar acalento e acabaram gerando medo invadindo o quarto que uma mulher estava sozinha dentro”, diz a mensagem.

Ainda segundo o comunicado, os guardas municipais, de forma arbitrária, algemaram Natacha e a conduziram à delegacia na viatura da corporação. “Em nenhum momento a modelo agrediu física ou verbalmente os agentes, o respeito foi mantido a todo momento pelo lado de Natacha”, destacou a nota.

Na delegacia, a dançarina assinou um termo e retornou para o apartamento que alugou na cidade do litoral de Santa Catarina. “Natacha está muito abalada por toda esta situação e a repercussão da mesma”, diz a nota. 

Defesa

O advogado Carlos Felipe Guimarães, que defende Natacha, afirmou que a ação dos guardas municipais foi incorreta e que eles só poderiam entrar sem autorização na residência em caso de flagrante delito, o que não aconteceu. Ele também afirma que sua cliente não cometeu nenhum crime e que tomará todas as medidas judiciais cabíveis contra os agentes que cometeram o abuso

“Inadmissível a postura dos agentes, pois, não havia situação de flagrante delito que justificasse a invasão do apartamento, bem como detiveram Natacha a força sob fundamentos ilegais, além dos guardas usurparem a função da Polícia Militar, estabelecida na Constituição Federal”, pontuou o especialista.

Versão da Guarda

Em entrevista à rede ND Mais, de Santa Catarina, o comandante Coutinho, da Guarda Municipal de Balneário Camboriú, Natacha Horana resistiu a cumprir medida administrativa. “Ela resistiu ao término da festa, argumentou e, além disso, tentou agredir uma pessoa que estava fazendo a filmagem, um servidor da prefeitura”, afirmou ele. "Não houve desacato, ela tentou tirar o celular e agredir a pessoa, resistindo ao cumprimento da fiscalização", completou. 

Entenda o caso

A  bailarina Natacha Horana foi detida na madrugada desta segunda-feira (20) em Balneário Camboriú, litoral  de Santa Catarina. Segundo o jornalista Leo Dias, ela estava numa festa com som alto e mais de 20 convidados num apartamento de luxo alugado por turistas do Rio de Janeiro.  

A polícia recebeu a denúncia e teria chegado ao local em busca dos responsáveis pela festa. Esse tipo de evento está proibido por conta das normas de distanciamento em função da pandemia do novo coronavírus. 

Natacha teria se escondido em um dos cômodos da casa assim que as autoridades chegaram. Quando a polícia a encontrou, ela estaria com sinais de embriaguez e teria confrontado os policiais. 

A bailarina foi levada para a Central da Polícia e foi feito um boletim de ocorrência. Segundo o documento, ela foi detida por desacato a autoridades e agressão.