PROCESSOS E CONFUSÕES

Confusão entre Luísa Mell e a A Mulher da Casa Abandonada vai parar na Justiça

A ativista teria acompanhado a Polícia Civil durante uma operação de busca e apreensão e adentrado o imóvel sem permissão

Por Mohamed Osman/ Grupo Observatório
Publicado em 29 de junho de 2023 | 10:47
 
 
 
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Uma confusão envolvendo Luísa Mell Margarida Bonetti, que ficou conhecida como A Mulher da Casa Abandonada foi parar na Justiça. De acordo com um inquérito policial, durante uma operação de busca e apreensão, a ativista da causa animal teria acompanhado a Polícia Civil e adentrado o imóvel sem ter permissão, visto que não exerce cargo público ou possui qualquer título que legitimasse sua ida ao local. As informações são de Fábia Oliveira, do Metrópoles.

“A Mulher da Casa Abandonada” ficou conhecida assim em decorrência de um podcast lançado pelo autor Chico Felitti, que retrata a história da mulher que ganhou os noticiários do Brasil e do mundo por ser procurada pelo FBI por crimes que teria praticado nos Estados Unidos, onde viveu entre as décadas de 1970 e 2000. 

Além disso, a moça, que era conhecida como Mari, vivia em uma mansão abandonada na cidade de São Paulo em condições inapropriadas para um ser humano e seu animal de estimação. Foi neste contexto que a história da Luísa Mell se cruzou com o de Margarida, nome verdadeiro da vítima, que inicialmente estava sendo tratada pela Justiça como vítima de um quadro de abandono de incapaz, mas o processo nesse sentido foi arquivado por falta de elementos suficientes para o oferecimento da denúncia.

Ocorre que, durante uma operação de busca e apreensão, a ativista teria se envolvido em uma confusão com Mari para resgatar o cachorro que vivia com ela em condições precárias. Segundo um inquiérito policial, a apresentadora teria arrancado o animal das mãos da dona dentro de sua própria casa. 

Na época, Luísa registrava todo o ocorrido em uma live transmitida em sua rede social, bem como divulgou fotos do episódio horas depois dos fatos. Após o imbróglio, foi solicitado que a Justiça apurasse o caso, especialmente a conduta da ativista, que foi descrita como alguém que queria aparecer em cima de um caso de ampla repercussão pública.

De acordo com a jornalista, no dia 20 de junho deste ano, o caso ganhou um relatório final, que aponta que Luísa já teria se manifestado sobre o ocorrido alegando que permaneceu em via pública, do lado de fora da mansão abandonada, durante o procedimento realizado pela Polícia Civil, bem como afirmou que não houve injúria ou qualquer outro crime.

Entretanto, no último dia 26, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) informou que o caso se trata de injúria contra pessoa idosa e que o processo deve ser enviado para a vara específica do Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas.

Por outro lado, a defesa de Luísa Mell pediu o arquivamento do inquérito e apresentou algumas justificativas, dentre elas a de que não foi anexado no inquérito qualquer vídeo que comprove que ela teria arrancado o cachorro das mãos de Margarida e alega ainda que foi a ex-procurada pelo FBI que teria puxado o animal de forma agressiva, tanto que ele teria caído no chão. Maria teria se descontrolado, os policiais precisaram contê-la e o bicho só foi retirado do local após ordem da autoridade policial.

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