Justiça penhora prêmio de Belo na Dança dos Famosos por Denílson

A briga judicial entre o cantor Belo e o ex-jogador Denílson ganhou um novo capítulo nesta semana. Isso porque a Justiça de São Paulo acatou o pedido do comentarista esportivo e determinou a penhora do cachê e o prêmio do artista na Dança dos Famosos.

O Carlo Mazza Britto Melfi, da 5ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, publicou a decisão na sexta-feira (16) e determinou que seja expedido um ofício com urgência para ser enviado à Rede Globo de Televisão, que produz o reality show exibido no Domingão com Huck. O advogado Marcelo Passos, que representa o pagodeiro, afirmou que irão recorrer.

O magistrado determinada ainda a nomeção de um contador, que será reponsável por calcular o valor exato do débito atualizado, visto que existe uma divergência entre as partes. Belo admite que sua dívida atinge a casa dos R$ 4,9 milhões. Já o ex-atleta afirma que a quantia, em 2019, já ultrapassava os R$ 7 milhões.

Entretanto, o advogado do artista acredita que o marido de Luciele de Camargo não aceita discutir o valor da dívida, pois a situação teria virado um problema pessoal: "Se o Denilson quisesse, resolvia isso, mas é pessoal. Ele arruma um problema a cada hora. Era só ele aceitar as propostas de negociação desse valor, pois o que ele quer é o dobro. É discrepante querer R$ 9 milhões em um valor de R$ 4,9 milhões".

A relatora Silvia Rocha, da 29ª Câmara de Direito Privado, analisou disse em resposta ao recurso mais recente do caso que "parece haver mesmo excesso nos valores cobrados pelo agravado (Denilson)", pois os cálculos apresentador pelos representantes do ex-jogador podem ter atualizações, correções e datas de penhoras equivocadas, por isso o pedido para a nomeação de um novo contador.

Neste domingo (18), Belo foi eliminado da Dança dos Famosos. Sua performance no estilo valsa foi aplaudido de pé, mas ainda assim o cantor teve a menor nota total da noite.

Entenda o caso

Amigos nos anos 90, o ex-jogador Denilson e Belo romperam relações em 2000, quando o cantor deixou o grupo de pagode Soweto e, desde então, travaram uma briga jurídica que dura mais de 20 anos. Antes de chegarem à Justiça, o cantor e o ex-jogador eram bons amigos. Em 1999, Denílson comprou os direitos comerciais do grupo de pagode, mas a saída do vocalista da banda em 2000 para seguir carreira solo gerou o atrito. Com isso, Denilson levou o caso à Justiça e acusou o cantor de quebra de contrato por ter deixado o grupo e teve, em 2004, uma decisão favorável do Tribunal de Justiça de São Paulo.