A ativista social e política norte-americana Angela Davis reuniu 15 mil pessoas, na última segunda-feira, em São Paulo, durante uma palestra para o lançamento de seu livro “Uma Autobiografia” (Boitempo). Nesta quarta-feira, ela tem uma agenda cheia de eventos no Rio de Janeiro. Durante o evento gratuito na capital paulista, Angela emocionou a plateia com suas palavras, especialmente quando evocou Marielle Franco e a menina Agatha, morta no Rio após ação policial.
"Por que uma criança linda negra deveria ser forçada a perder sua vida em função de uma política de atirar primeiro antes de perguntar?”, questionou Angela, que falou sobre racismo e feminismo; defendeu o movimento Lula Livre; e apoiou o cacique Raoni. A ativista criticou o sistema carcerário, o capitalismo e o presidente Jair Bolsonaro – apesar de não ter citado o nome dele para não lhe conferir “poder”.
Angela Davis, vale lembrar, foi incluída na lista das pessoas mais procuradas pelo FBI nos anos 70, quando uma arma registrada em seu nome foi usada para uma ação do grupo Panteras Negras, de resistência armada contra a opressão dos negros nos Estados Unidos, e que deixou quatro mortos em um tribunal – entre eles, um juiz.
A militante chegou a ser presa. O caso mobilizou pessoas mundo afora, dando vez à campanha “Libertem Angela e todos os presos políticos”. Essa e outras histórias sobre a trajetória e os ideais de Angela, aliás, são repassadas no documentário “Libertem Angela Davis” (2013), de Shola Lynch.
E para celebrar a vinda de Angela Davis ao Brasil, o canal Curta! está disponibilizando esse documentário para assinantes do NOW, plataforma de VoD da Claro/Net.
Mas quem não for assinante pode alugar o título em outras plataformas. O YouTube oferece o documentário completo por R$ 3,90, mesmo valor cobrado pelo Google Play para o aluguel do filme.
“Libertem Angela Davis” também estará disponível em breve no Tamanduá, serviço de streaming de filmes e séries de arte e cultura.