Editoras mineiras marcam presença na Festa Literária de Paraty

Uma das editoras mineiras presentes à Festa Literária de Paraty, a FLIP,  Relicário Edições participa este ano tanto da programação principal quanto da paralela. No caso da primeira, o destaque foi a participação da autora Bessora na quinta-feira, na mesa "A Literatura Que Habito", realizada no Auditório da Matriz, e que contou, ainda, com as presenças de Carol Bensimon e Prisca Agustoni. "Na verdade, a gente veio para Paraty com duas autoras internacioanis na programação. A Besssora, franco-suíça gabonesa, nascida na Bélgica, de quem a a gente está lançando o livro 'Os órfãos', romance com tradução da Adriana Lisboa. E, ainda, com a portuguesa Patrícia Lima, mas no caso, o livro foi lançado pela Relicário há cerca de 4 anos e é uma publicação acadêmica. A Patrícia é poeta e professora de literatura na Universidade de Los Angeles", conta a editora Maíra Nassif.

A publisher lembra que a Relicário também está na Casa Paratodos, no centro histórico da cidade - precisamente, na rua Dr. Samuel Costa, 254 -  numa parceria com outras cinco editoras: a Dublinense, Tabla, Macombo, Nós e Imã. "E aí a gente está com uma grade de programação intensa. Até sábado, vão ter várias mesas com conversas, lançamentos de livros... Entre eles, o livro "A queda do aventureiro: aventura, cordialidade e os novos tempos em “Raízes do Brasil, de Pedro Meira, que é curador da FLIP. Fizemos o lançamento em São Paulo, agora, fizemos aqui, aproveitando que ele é curador do evento", diz ela.

Outro livro que acabou de sair do forno é "A Irmã Menor: Um Retrato de Silvina Ocampo", que é considerada a maior contista argentina. A obra de Mariana Henriques integra a coleção Nosostras, da Relicário. Uma outra mesa é sobre Marguerite Duras, autora da qual a gente tem a coleção, e agora tem o livro novo, 'Moderato Contabile', lançado recentemente. Vamos ter ainda uma mesa sobre publicações de mulheres do sul global,  também no eixo da coleção Nosotras, e vai ter, no sábado, outra mesa com a Bessora. Ou seja, além de ter feito essa participação na programação principal, ela vai fazer essa conversa na Casa Paratodos, com a Natália Timermam e uma jornalista".

Outra editora com DNA mineiro, a Âyiné se junta a outras quatro editoras, como a Ubu, Bazar do Tempo, Fósforo e a Carambaia, para uma ação coletiva na Flip. "Além de ter um espaço na livraria oficial, com os principais títulos das cinco editoras, há uma programação paralela com livros e autores de cada uma delas, na qual a gente mescla temas e escritores que se relacionam. São sete mesas, para as quais convidamos desde autores a especialistas nas obras em debate", conta Clara Dias, coordenadora de comunicação. "No caso da Âyiné, em especial, ressalto uma mesa conjunta que foi realizada com a Fósforo sobre a escrita de Annie Ernaux e Didier Eribon, autor de 'Retorno a Reims', que a gente lançou em 2020, e que é brilhante. Para ela, participaram o professor Paulo Roberto Pires, do Rio de Janeiro, e a Alice Sant'Anna, que é poeta e editora da Companhia das Letras. Essa programação, que está nas redes sociais das editoras, se desenvolve no auditório do Areal, um espaço novo que a Flip organizou esse ano, para editoras independentes".

Depois de participar em dois anos (2018 e 2019) de casas coletivas, a Páginas Editora está, agora, dividindo espaço com uma loja de produtos indígenas de Paraty, bem no centro histórico: a Tronco Tupi, na rua da Lapa. “Estar nos 20 anos da Flip, que voltou ao presencial, é importante para a editora mostrar seus autores, acompanhar as discussões em torno da literatura universal”, diz Leida Reis. De autores da Páginas, quem está na Flip é jornalista Jacqueline Farid, que acabou de lançar o romance “O Árabe Invisível”.