De graça

Espetáculo reconta trajetória dos primeiros moradores do Aglomerado Santa Lúcia

'Na Linha do Meu Lembrar' será encenado de quinta (3) a domingo (6) na Casa do Beco

Por O Tempo Diversão
Publicado em 02 de novembro de 2022 | 13:30
 
 
 
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"Na roda da saia rendada de vovó, o tempo desfia seu rosário de histórias. E em cada giro de sua ciranda de lembranças, uma comunidade se refaz, revivendo memórias de lutas e conquistas. O espetáculo “Na Linha do Meu Lembrar” é uma homenagem àqueles e àquelas que primeiro habitaram os mares de morros da cidade, uma reverência aos saberes ancestrais e à gente simples que, subvertendo a lógica da exclusão, persiste em conquistar o seu direito de pertencer". 
 
Esta é a sinopse do mais novo projeto da Casa do Beco, instituição que é um Ponto de Cultura desde 2010 e está celebrando 25 anos. Seu objetivo principal sempre foi promover o desenvolvimento humano e a transformação social por meio do fomento à produção e à difusão cultural e artística, especialmente do teatro, em sua comunidade, além disponibilizar suas atividades a outros públicos da cidade.
 

E é esta a tônica da produção “Na Linha do Meu Lembrar”, que faz temporada gratuita de quinta (3) a domingo (6) no teatro da Casa do Beco (Av. Artur Bernardes, 3876 - Barragem Santa Lúcia - em frente ao Campo de Futebol da Praça Jornalista Eduardo Couri). De quinta a sábado, as apresentações acontecem às 20h, e no domingo, dia 6, às 19h.

 

Mesmo sendo de graça, é necessário retirar os ingressos pelo Sympla. O trabalho tem como proposta homenagear os saberes ancestrais periféricos, reverenciando os mais velhos da comunidade, que ainda guardam em suas lembranças as  lutas empreendidas para que as comunidades do Morro do Papagaio, Vila Estrela e Barragem Santa Lúcia (e, em diferentes momentos, Vila Bicão e Vila São Bento - removidas pelo projeto Vila Viva) se constituíssem, formando o que hoje é conhecido como Aglomerado Santa Lúcia. A estreia da peça celebra também o mês da Consciência Negra e o dia da Favela (4/11).

Segundo o material de divulgação da montagem, o espetáculo foi construída com a participação dos quatro elencos artísticos da Casa do Beco, que atuam nas áreas do teatro, da dança e do audiovisual, e "é fruto de um extenso processo de pesquisa que envolveu tanto a leitura de livros, teses e artigos relacionados à memória, ao tempo e à história das favelas e da cidade de Belo Horizonte, quanto entrevistas gravadas em áudios e em vídeos com pessoas da comunidade, artistas, agentes culturais e lideranças locais, assim como antigos presidentes das Associações de Moradores do Aglomerado Santa Lúcia". Mais informações: casadobeco.org.br
 

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