Após três anos de uma intensa restauração, a Prefeitura de Belo Horizonte inaugura, neste sábado (17), a Casa da Fazendinha (avenida Artur Bernardes, 3.120 – Barragem Santa Lúcia). O espaço é um dos imóveis históricos mais importantes e representativos da capital e está de volta para o uso da população. A reabertura faz parte da agenda de comemoração pelos 125 anos de BH. O imóvel foi um dos primeiros casarões da cidade e foi construído no início do século XX, na antiga colônia Agrícola Afonso Pena, em fazenda existente antes da construção da capital.
Para marcar a inauguração, será aberta a exposição “De Fazenda a Casarão: Trajetórias de Preservação”, que aborda a história do Casarão, incluindo o processo de tombamento, em 1992, e a recente restauração do imóvel.
A mostra permanece no local até fevereiro de 2023, ocupando quase todos os cômodos do imóvel, que será sede de um novo espaço cultural para a cidade, com gestão da Casa do Beco, grupo teatral com atuação reconhecida e participação da comunidade local. O novo equipamento passará a atuar tanto na formação cultural e profissional quanto na apresentação de shows musicais e espetáculos.
A exposição também joga luz na história e na atuação da Casa do Beco, além de prestar uma homenagem à resistência e à resiliência da matriarca Dona Izabel e família, que preservaram o casarão por vários anos. Trata-se de um memorial, que também receberá, esporadicamente, exposições que ilustrem a construção e o crescimento da comunidade na cidade, a partir de vários outros olhares, tais como as mobilizações sociais, associações, grupos de jovens, religiões, entre outros.
A restauração da Casa da Fazendinha e o programa de ações contaram com o apoio e atuação de diversas pastas do executivo municipal: Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, Secretaria Municipal da Fazenda, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Secretaria Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Sudecap, Prodabel e Coordenadoria de Atendimento Regional Centro-Sul.
Segundo Eliane Parreiras, secretária Municipal de Cultura, a restauração do imóvel representa a valorização do patrimônio cultural da cidade e a requalificação de um novo espaço: “Nada mais simbólico para marcar os 125 anos de Belo Horizonte do que a entrega da Casa da Fazendinha à cidade, com gestão da própria comunidade, contando a nossa história e potencializando a cultura local e a inclusão social. Precisamos, cada vez mais, valorizar a cultura produzida nas comunidades e incentivar a formação de novos agentes que atuem também a partir das vivências locais”.
“Esse é mais um passo que a Prefeitura de Belo Horizonte dá no sentido de valorizar o patrimônio cultural da cidade. O Casarão centenário da Barragem Santa Lúcia preserva a história de Belo Horizonte e marcou o início da ocupação daquela área”, acrescenta Luciana Féres, presidente da Fundação Municipal de Cultura.