Música

Filarmônica se apresenta nesta quinta e sexta na Sala Minas Gerais

Orquestra interpreta a Sétima Sinfonia de Bruckner e o Dueto-concertino de Richard Strauss

Por O Tempo Entretenimento
Publicado em 10 de abril de 2024 | 17:14
 
 
 
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Comemorando os 200 anos  de um dos sinfonistas mais importantes do século XIX: Anton Bruckner (1824-1896) nesta quinta (11) e sexta-feira (12), às 20h30, na Sala Minas Gerais. A apresentação revisita a  Sinfonia nº 7 de Bruckner, uma das principais obras do compositor austríaco.  Ao relembrar os 75 anos da morte de Richard Strauss (1864- 1949) neste ano, a Orquestra se une a dois de seus principais músicos, Marcus Julius Lander, Principal Clarinete, e Adolfo Cabrerizo, Principal Fagote, para executar o envolvente dueto-concertino. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. 

Os ingressos estão à venda no site da Filarmônica de Minas Gerais e na bilheteria da Sala, e custam a partir de R$39,60. A apresentação de quinta-feira será transmitida ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube e pela rádio MEC FM (87,1 BH e Brasília / 99,3 RJ).

Filarmônica de Minas Gerais

Fundada em 2008, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é referência no Brasil e no mundo. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

Desde o início de sua trajetória, já foram mais de 1,5 milhão de espectadores reunidos em mais de 1,2 mil concertos e 1.360 obras interpretadas. A Filarmônica também já recebeu numerosas menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão,em São Paulo.. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

 Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 12 álbuns gravados, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

Programa

No repertório, a Filarmônica apresenta Dueto-concertino, de Richard Strauss (1864- 1949). A obra, concluída em 1947, traz a ideia de um concerto duplo para clarinete e fagote - uma ideia que surgiu da amizade de  Strauss com Hugo Burghauser, fagotista principal da Filarmônica de Viena na época.A peça se baseia em uma narrativa simples criada pelo próprio compositor, na qual o clarinete representa uma princesa bailarina e o fagote, um urso que a imita. 

No primeiro movimento, Strauss faz com que o fagote soe um tanto desajeitado diante da graciosidade do clarinete, como se o urso tentasse desastradamente replicar os passos perfeitos da princesa. À medida que a partitura evolui, os dois personagens constroem uma relação mais sinérgica até se entregarem a um balé conjunto, durante o qual o urso se transforma em um príncipe. Afastando-se da opulência dramática que o consagrou, Strauss opta por uma abordagem mais suave no Dueto-concertino, fazendo os solistas dialogarem de forma cada vez mais harmoniosa até o alegre desfecho.

Além da obra de Strauss, também faz parte do programa a Sinfonia nº 7 em Mi maior, de Anton Bruckner (1824-1896), que ocupa um lugar fundamental na trajetória do compositor. Ela foi executada pela primeira vez em Leipzig, em 1884, com boa recepção. A segunda execução, datada de março de 1885, em Munique, foi um triunfo ainda maior e ampliou a divulgação internacional da música de Bruckner. Ao longo de seus quatro movimentos, a obra mostra  vigor e monumentalidade, elementos que definem a abordagem do artista nas grandes empreitadas orquestrais.

A escolha incomum por incluir quatro tubas wagnerianas nos sopros é uma homenagem de Bruckner a seu maior ídolo, Richard Wagner, que faleceu em 1883. A entrada dos instrumentos com uma melodia fúnebre no lento e sublime adágio que forma o segundo movimento é, sem dúvida, um tributo à altura daquele que Bruckner considerava “o mestre dentre os mestres”.

Serviço:

 O quê: Filarmônica de Minas Gerais - Série Allegro e Série Vivace
Quando: quinta (11) e sexta (12), às 20h30
Onde: Sala Minas Gerais (Rua Tenente Brito Melo, 1090 - Barro Preto)
Quanto: R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote)
Vendas no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais

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