Kiss em BH teve tudo que os fãs gostam: muita fumaça, fogo e som inconfundível

Foi um show de despedida ao velho estilo do Kiss: muita fumaça e fogo e um som inconfundível comandado pelo quarteto formado por Gene Simmons (baixista), Paul Stanley (vocalista e guitarrista base), Tommy Thayer (guitarrista) e Eric Singer (baterista).

Uma das últimas paradas da banda americana antes da aposentadoria dos palcos, o Mineirão celebrou, na noite desta quinta-feira, a grande festa de cinquentenário de um dos maiores nomes do hard rock.

Foi uma apresentação inesquecível com o melhor repertório do Kiss. Na abertura, três sucessos incontestáveis do grupo incendiaram o público: "Detroit Rock City", "Shout It Out Loud" e "Deuce". A setlist seguiu a mesma ordem dos shows apresentados em Manaus e na Colômbia, com "Beth", tocada ao piano por Singer, e "Rock and Roll All Nite" fechando o bis, com uma chuva de papel caindo sobre o público.

O Kiss mostrou que o passar dos anos só fez bem ao quarteto, tornando-se um grupo que melhor interage com seus fãs. Mesmo falando em inglês e dizendo infinitas vezes "Belorizonte", Stanley foi o dono da noite. Apesar dos 71 anos, não deixou de fazer a travessia à tirolesa do palco a uma torre localizada no centro do Mineirão.

Simmons não se cansou de botar a língua para fora e até trocou carícias com Thayer, um guitarrista contagiante, em determinado momento 'disparando' rajadas de fogo em discos voadores.

Fogo, por sinal, é um ingrediente fundamental nos shows do grupo. E não foi diferente dessa vez. Simmons novamente assumiu o papel de cuspidor de fogo, além de ter botado sangue para fora em "Psycho Circus".

Foi um grande circo cheio de efeitos, roupas bregas e pinturas no rosto que, há 50 anos, estampam a fórmula do sucesso de uma banda que atravessou gerações sem deixar de aliar música de qualidade com entretenimento.