A Cinemateca Brasileira é a instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira. Desde 1940, desenvolve atividades em torno da divulgação e da restauração de seu acervo, com cerca de 250 mil rolos de filmes e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema.
No entanto, a instituição, que tem sede em São Paulo, anda abandonada e está enfrentando a sua maior crise desde sua fundação.
Para debater a importância da Cinemateca, o Canal Brasil vai reunir em uma live que acontece nesta quinta (30), às 18h, artistas e diretores de cinema.
O encontro virtual acontece no Instagram do Canal. O repórter Kiko Mollica vai receber os diretores Cacá Diegues, Kleber Mendonça Filho e Jeferson De, além das atrizes Mariana Ximenes e Bárbara Paz. O grupo vai debater a crise atual e a importância que a Cinemateca tem para a preservação, restauração e difusão de obras históricas e contemporâneas do cinema brasileiro.
A Cinemateca Brasileira passa pela maior crise desde a sua fundação, em 1946. Há anos a instituição não recebe os recursos governamentais necessários para o seu funcionamento pleno.
Técnicos valiosos e especializados foram demitidos e as atividades estão paralisadas. Desde de abril deste ano, os funcionários que estão em greve não recebem salários. Não há, tampouco, recursos para pagar as contas de luz. Um eventual apagão atingirá a climatização das salas em que estão arquivados mais de 100 anos de imagens.
O acervo da Cinemateca reúne mais de 250 mil rolos de filmes – o que representa cerca de 30 mil títulos entre obras de ficção, documentários, cinejornais, filmes publicitários e registros familiares – e mais de um milhão de documentos relacionados ao cinema como fotos, roteiros, cartazes e livros, entre outros.
A Cinemateca possui, por exemplo, registros raros, como a coleção de imagens da TV Tupi, primeira emissora do país inaugurada em 1950 e extinta em 1980.
A instituição, que também abriga produções dos estúdios de cinema Vera Cruz e Atlântida, já restaurou em laboratório filmes como o clássico "Macunaíma", estrelado por Grande Otelo e baseado na obra de Mário de Andrade, "Os Fuzis", de Ruy Guerra, e "Manhã Cinzenta", de Olney.
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