Muita gente provavelmente não deve saber, mas, desde 2012, Belo Horizonte é reconhecida oficialmente como a capital da moda, o que foi decretado em lei pelo prefeito Marcio Lacerda. Tornar esse título conhecido é um dos objetivos a partir de agora para o Museu da Moda de Belo Horizonte (Mumo), que será inaugurado no dia 5 de dezembro.
O local já era conhecido na cidade como Centro de Referência da Moda (CRModa) e agora troca de nome para ser um museu e passar a mobilizar ainda mais a memória da moda mineira.
“Ao longo desses quatro anos de existência do CRModa, percebi a necessidade e a importância de apresentar a memória da moda, até para se ter uma influência no futuro. A memória merece registro para inspirar”, acredita a gestora do museu, Marta Guerra.
Batendo na tecla da importância da memória afetiva e da conversação, Marta ainda acredita que a transformação do centro em museu tem um peso no mercado mundial. “Chama mais atenção, principalmente por conta do acervo. Belo Horizonte tem cinco centros universitários de moda, e, para o mundo acadêmico, é importante se ter um local onde elas podem trazer pesquisas e proporcionar mais trocas”, diz.
Inauguração. O Mumo terá debates, seminários, oficinas e exposições a cada seis meses, sempre com curadores e convidados. A principal missão, entretanto, é difundir acervos. “Esperamos criar convênios com museus de outros países, como Portugal e Espanha, para trazer exposições internacionais. Vamos lançar também editais de ocupação para pessoas que desejam trazer algum projeto”, disse.
A primeira exposição será sobre a história da indústria têxtil em Minas Gerais, em parceria com a Cedro, com curadoria do arquiteto Pedro Lázaro, que ficará no museu até maio do ano que vem.