Era uma noite de primavera na Europa quando o casal Kate e Gerry McCann saiu para jantar em um restaurante a poucos metros do apartamento em que a família estava hospedada, na Praia da Luz, em Portugal. Seus três filhos ficaram dormindo no quarto e, de tempos em tempos, Kate e Gerry ficaram de checar se as crianças estavam bem. O primeiro a cumprir essa tarefa foi Gerry, às 21h05. Depois, às 21h25, um amigo do casal foi até o quarto. Às 22h, foi a vez de Kate. Ela viu muita luz no quarto, abriu a porta e notou que Madeleine não estava na cama e a janela estava aberta.
“Saí correndo para o restaurante gritando: ‘Alguém pegou a Madeleine!’ Foi quando começou o pesadelo”, diz Kate na série documental “O Desaparecimento de Madeleine McCann”, produção da Netflix que está disponível para os assinantes. A série conta com detalhes os acontecimentos que cercam esse que é um dos maiores mistérios policiais até hoje. Madeleine desapareceu em 3 de maio de 2007, quando tinha apenas 3 anos. Mesmo após 12 anos, a procura pela menina inglesa segue firme.
Ao longo de oito episódios, a série segue as investigações do desaparecimento e mostra todas as teorias da polícia, os depoimentos prestados e as suspeitas levantadas.
Havia um esboço de um possível suspeito e a polícia trabalhava com a hipótese de rapto por uma rede de pedofilia ou de adoção ilegal. Chegaram a apontar alguns suspeitos, que foram massacrados pela mídia, mas não foram presos por não haverem provas. Até mesmo os pais de Madeleine foram suspeitos, sob a alegação de que teriam forjado o sequestro para camuflar uma morte acidental da menina por negligência ou por excesso de calmantes para fazê-la dormir. Nada foi provado.
O caso teve repercussão mundial e muita gente alega ter visto Madeleine em locais diferentes do mundo. De tempos em tempos, Kate e Gerry pedem para que retratos com projeções da aparência de Madeleine com o passar dos anos sejam divulgados. O caso continua vivo e a estreia da série é só mais uma prova de que Madeleine não foi esquecida.