Reality shows

Participantes passam por situações-limite

Redação O Tempo


Publicado em 01 de fevereiro de 2011 | 16:34
 
 
 
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São Paulo. Ficar fechado em um caixão ou deitado sobre uma cama de pregos. Abusar da bebida e entrar em coma alcoólico em rede nacional. Vale tudo na vida real retratada pela televisão. Em busca de dinheiro e fama, os participantes de reality shows não titubeiam ao se exporem. A fim de garantir audiência, as emissoras levam tudo isso ao ar.

Situações como as citadas acima foram mostradas no "Big Brother Brasil 11", da Globo, e no "Solitários", do SBT. O primeiro não precisou de mais do que três semanas para comprovar as promessas do diretor Boninho, de que este seria o "BBB" em que tudo pode. Na festa de sábado, Michelly teve de ser atendida por médicos após beber além da conta, e Paula deixou que Cristiano lambesse seu bumbum, Igor seu seio, e Diogo o queixo.

A Globo vem tomando certo cuidado na edição, possivelmente com receio de que o Ministério da Justiça mude a classificação indicativa do programa - procurada, a emissora não retornou. Nem tudo o que os espectadores do pay-per-view veem é exibido na TV aberta, o que não impede que os "bafos" protagonizados pelos participantes cheguem a público. Já são mais de 60 reclamações sobre o programa no site da campanha Quem Financia a Baixaria É Contra a Cidadania, da Câmara dos Deputados.

No ano passado, a emissora chegou a ser notificada pelo Ministério Público Federal, que pediu que o "BBB 11" tivesse conteúdo de qualidade, com "a missão e as responsabilidades para com as crianças e as famílias".

Limites físicos. Com menor repercussão, mas não menos ousada, a segunda temporada de "Solitários", do SBT, testa os limites físicos e psicológicos dos participantes, que ficam isolados, sem banho, com a alimentação regulada e enfrentando provas de resistência. "Os primeiros dias são os piores, porque eles não estão acostumados a ficar presos", conta o diretor geral da atração, Denis Salles.

A empresária Fabíola Monarca, 32, desistiu no terceiro episódio do reality show. "O mais difícil para mim foi passar frio. A fome eu aguentava mais". O vencedor da primeira edição, o ator Welton Pacheco, 27, também sofreu. "Tinha provas em que eu sentia uma dor incrível. Ganhei porque fui forte psicologicamente", avalia.

 

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