Acaba neste sábado (12) o prazo dado pelo governo do Estado para que os órgãos estaduais enviem à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) a relação de ocupantes de funções comissionadas que foram exonerados e poderão ser reconduzidos aos cargos. Segundo o executivo, esse levantamento deve ser feito “de acordo com critérios exclusivamente técnicos”. Enquanto os exonerados não são reconduzidos e os demais cargos não são preenchidos, as instituições culturais contam com o mínimo necessário de pessoal para manter tudo funcionando, porém de forma precária.
Nessa sexta-feira (11), entidades como a Fundação Clóvis Salgado (FCS) e Rede Minas tiveram parte de seu quadro de funcionários restabelecida e espera-se que neste sábado (12) outros sejam reconduzidos a seus cargos. “Todas as áreas voltam ao funcionamento normal”, afirmaram representantes da Fundação Clóvis Salgado. Estima-se que, dos 400 funcionários, pouco mais de 30 tenham sido mantidos após as exonerações. Nessa sexta-feira (11), outros 39 retornaram à casa.
Segundo a FCS, as renomeações foram efetuadas para garantir o funcionamento da fundação e a execução de sua programação. A mostra “Musicais de Ouro”, por exemplo, no Cine Humberto Mauro, teve início ontem, como havia sido planejado. “Os eventos programados para 2019 no Palácio das Artes seguem sua agenda normal”, garante a FCS.
O governo do Estado afirma que “todos os equipamentos culturais estão funcionando com capacidade de, no mínimo, 20% dos servidores e que, aos poucos, estão sendo reconduzidos servidores para suprir as necessidades”. Ainda segundo o governo, a paralisação dos serviços por falta de pessoal é uma situação “temporária, porém necessária para que haja a reestruturação da administração pública”.
Na Rede Minas, em que cerca de dois terços dos funcionários foram exonerados, a situação foi grave. A emissora, que já funcionava com um quadro bem restrito de pessoas, teve de criar soluções para manter os programas no ar. Muitos dos funcionários exonerados tinham mais de dez anos de empresa.
Na área técnica, por exemplo, de sete pessoas sobraram duas. Segundo funcionários, alguns engenheiros, mesmo afastados, ajudaram a manter a emissora no ar, passando instruções por telefone. Nessa sexta-feira (11), quatro dos exonerados da área voltaram aos seus postos. Na emissora, dos 73 funcionários afastados, 36 retomaram seus cargos.
As exonerações afetaram ainda a Biblioteca Pública Estadual, que suspendeu alguns serviços, como o empréstimo de livros. Segundo funcionários, nessa sexta-feira (11) foram recontratados cerca de 60% dos exonerados, e, a partir desta segunda-feira (14), a biblioteca passa a funcionar com os serviços regularizados.
No Museu Mineiro, de acordo com a assessoria de imprensa, algumas pessoas foram renomeadas, mas ainda há quadros a serem preenchidos. O museu passa a funcionar por tempo indeterminado das 12h às 19h. Antes, a casa abria às 10h.
Na Rádio Inconfidência, a situação foi mais amena. Apenas o presidente Elias Santos foi exonerado e, até essa sexta-feira (11), o cargo ainda estava em aberto.
- Portal O Tempo
- Entretenimento
- Magazine
- Artigo
Zema recontrata parte dos comissionados
Mesmo com alguns servidores sendo reconduzidos, equipamentos culturais ainda funcionam de forma precária
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp