No domingo

Marcelo Kamargo celebra 21 anos de carreira em show na Sala Juvenal Dias

Compositor, violonista e intérprete mineiro vai apresentar, ao lado de banda, músicas de todos os discos por ele já lançados

Por Patrícia Cassese
Publicado em 04 de novembro de 2022 | 10:00
 
 
 
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Acontece neste domingo, às 20h, na Sala Juvenal Dias, em única apresentação, o show “Marcelo Kamargo – 21 anos”, que celebra a carreira do compositor, violonista e intérprete. O evento contará com as participações especiais de Felipe Bedetti, Ana Espí, Romeu Cozenza e Edu Zambaldi, parceiros de várias épocas. Ao lado de Marcelo, o baixista e produtor musical Ricardo Gomes, parceiro de composições e produtor do artista, desde o primeiro disco "Clarão",   Luadson Constâncio, ao piano e Bill Lucas, na bateria/percussão. A direção musical é de Ricardo Gomes. 

No repertório, Kamargo traz canções de seus quatro álbuns: "Clarão da Noite" (2001), "Zerundá" (2004), "Além do Sol" (2008) e "Samba é Amor" (2021), a mais recente produção fonográfica do artista, lançada pela gravadora paulista Kuarup. São músicas como: Além do Sol, Dom de Ser Feliz, Filho de Oxum, Amar é bom, Chico Rei, Poema e Canção, Clarão da noite, Luzeiro (Felipe Bedetti), Água da Fonte, Não há Mal que o Samba Não Cure, Embriagado Com a Solidão  e Samba é Amor (parceria com Ricardo Gomes), Cintilante e Por um fio.

Confira, a seguir, trechos da entrevista do músico...

Queria que fizesse um balanço desses 21 anos de carreira....

A pergunta me faz refletir sobre a trajetória desde o primeiro álbum lançado em 2001, "Clarão da Noite". Percebi que a minha forma de compor e cantar é singular, porque não se confunde com a obra dos artistas que influenciaram a minha formação. Isto é maravilhoso, principalmente porque é comungado pelos muitos músicos e artista com os quais cruzei nessa caminhada. Ver, também, que desde o primeiro disco minhas canções possibilitaram conexões com pessoas, despertando afetos, identificando nossas histórias de amor, perdas, ganhos, paz  e ancestralidade, é um legado gratificante que muito me comove e me dá a percepção de que musicar é um dom divino que cura pode fazer de nós criaturas melhores do que somos. Quando eu poderia imaginar fazendo música com um dos meus ídolos da adolescência, Paulinho Pedra Azul, neste ano de 2022...isso é maravilhoso, não tem preço.

Sobre o repertório do show, que músicas não poderiam ficar de fora?

"Clarão da Noite" e "Chico Rei" são duas canções emblemáticas, marcantes... A primeira é o retrato das férias de minha infância,  na cidade de Conceição, quando a família se reunia para a festa natalina, num ranchinho a beira do rio, entrelaçando a convivência com nossos avós, tios, tias, primos e primas, em nostálgicas noites de cantoria, sob a moldura preciosa da natureza e embaladas pelas histórias sobrenaturais das porteiras assombradas, dos potes de ouro no fim do arco-iris, das entidades sobrenaturais...; "Chico Rei" sintetiza a história contada pelo escritor Agripa Vasconcelos, do Rei trazido da África como escravo, mas que supera as agruras do cativeiro, conquista sua alforria e de dezenas de irmãos que também padeciam da exploração desumana que lhes foram imposta. É uma canção forte, visceral.

Que projetos estão no seu horizonte neste momento?

Os novos projetos englobam  o lançamento do novo álbum no ano que vem, a viabilização da circulação do show "Samba é Amor" (do último álbum) no eixo BH, Ipatinga, Rio de Janeiro, São Paulo, e participação no Festival Nacional Canto da Terra, em setembro, na cidade de São José do Rio Pardo, em SP.

Marcelo Kamargo

Natural de Coronel Fabriciano, o artista nasceu numa família de músicos. Aos sete anos, mudou-se para Belo Horizonte. Seguindo o lado paterno da família, ingressou no aprendizado do violão aos 11 anos, principalmente, por influência de seu pai, o cavaquinhista Mestre Jonas. Aos 17, começou sua trajetória em busca de aperfeiçoamento, ingressando na Escola Cantorum do Palácio das Artes, no curso de teoria musical. Em seguida, cursou canto popular, primeiro com a cantora lírica Mary Armendani e depois com Celinha Braga. O aprendizado do violão popular e erudito, no início, foi com seu tio Sebastião Marcelino e, depois, como autodidata.

Gravou três CDs independentes, cujo repertório abrange a fase romântica ("Clarão da Noite", 2001), a fase de celebração das raízes afro do artista ("Zerundá", 2004), e a fase pop/jazzística/instrumental ("Além do Sol", 2008). O novo disco ("Samba é amor", 2021), tem o Selo Kuarup/Lobo Music. Está em fase de produção do seu quinto disco, com lançamento previsto para 2023.

Saiba mais: Instagram: @marcelokamargo 

Serviço

Show Marcelo Kamargo – 21 anos

Quando. Domingo, 6 de novembro, às 20h

Onde. Sala Juvenal Dias  - Palácio das Artes (av. Afonso Pena 1.537, Centro)

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

já à venda na bilheteria do Teatro e pelo site Eventim

https://www.eventim.com.br/artist/marcelokamargo/

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