Para Dudude Hermann é possível continuar criando em tempos de isolamento

É possível continuar criando mesmo em condições de isolamento? A coreógrafa, escritora e bailarina Dudude Herrmann acredita que sim, dependendo das circunstâncias, claro. O momento que o país atravessa hoje, para ela, não deve ser encarado literalmente como de “imobilidade”, mas pode ser compreendido como uma oportunidade de se seguir com novas transformações. E, para isso, ela aposta na leitura e no movimento constante, ainda que limitado ao ambiente da casa. 

“Recomendo viver a pausa lendo, dançando, vibrando na energia da luz e tendo a coragem para refletir sobre nossa raça humana”, declara ela. Um livro que ela recomenda é “As Existências Mínimas” do filósofo David Lapoujade. É acompanhado dele que ela vem atravessando esse momento de quarentena. “É preciso ver as belezas do céu, das coisas que não tínhamos tempo para ver”, sublinha.

Para ela, o presente tem exigido de todos a percepção de que a sociedade necessita se compreender como coletividade. “Ter a consciência de que somos um, mudar frequências, alterar nossos hábitos no sentido mais amplo para o bem comum. Refletir sobre consumo, descarte, preservação, conservação, cuidado, reciprocidade, ‘love and more love’”, completa ela. 

Uma artista que Dudude também relata estar acompanhando é a bailarina, coreógrafa e professora Katie Duck, que desde o dia 15, vem postando vídeos no YouTube assinados com o nome de uma personagem no mínimo atual, a Corona Princess.  “Ela está em sua casa, em Amsterdã, isolada, mas está produzindo esses trabalhos, que ela também compartilha em suas redes sociais”, indica.