O secretário de cultura e turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, foi o convidado da Live do Tempo na tarde desta quinta (20). Ele conversou com os jornalistas Paulo Campos, Fred Duboc e Léo Mendes sobre os projetos para o turismo e a cultura no estado.
Entusiasta das parcerias, Leônidas defendeu que os dois setores devem ficar cada vez mais unidos e um colaborando com o outro. “Temos tentado fazer com todos os parceiros como o Sesc, Sebrae, Fiemg, os players do turismo, uma união, e sobretudo, uma união interna para que a cultura abrace o turismo enquanto um irmão, e que o turismo abrace a cultura. Quem vai levar a cultura pra frente agora é o turismo; é o turismo que tem a possibilidade de nos tirar de casa nesse momento e tirar de casa para ver cultura, sobretudo, em Minas”, frisou.
O secretário destacou ainda como um setor pode ajudar o outro e citou como exemplo o audiovisual. “O parque Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, por exemplo, só ficou famoso devido ao Zé Colméia. É o audiovisual que fez com que os Estados Unidos ficassem conhecidos no mundo inteiro, que fez com que o Leblon ficasse conhecido por todos nós, por conta da televisão”, comentou.
Ele ainda lembrou que a Empresa Mineira de Comunicação (EMC), que engloba a Rádio Inconfidência e a Rede Minas, vai ser gestora do audiovisual em Minas. “E, claro, linkando o audiovisual com o critério muito claro de mostrar a cultura, as paisagens culturais. E ressaltando outro ponto importante. Minas Gerais vai receber da Ancine (Agência Nacional do Cinema) R$ 40 milhões para o audiovisual”, destacou.
O gestor ainda revelou que as parcerias com diversos setores resultou na realização de um evento importante no calendário turístico e cultural do estado, a Feira Nacional de Artesanato. “Como o terminal 2 do aeroporto de Confins está vazio, conseguimos viabilizar via BH Airport, a realização da feira que estava sem lugar para acontecer. Eu sou a favor das parcerias porque acredito que junto é que a gente constrói as coisas”, enfatizou.
Na live Leônidas Oliveira ainda comentou sobre a Lei Aldir Blanc e de que forma os recursos dela vão chegar aos artistas e instituições culturais mineiras. De acordo com a Lei, que leva o nome do grande compositor que morreu em maio vítima do coronavírus, a União entregará para estados, Distrito Federal e municípios R$ 3 bilhões para aplicação em ações emergenciais de apoio ao setor cultural. Espaços artísticos vão receber subsídios mensais que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil. Trabalhadores terão direito a três parcelas de R$ 600. A forma de distribuição dos recursos aos artistas e espaços culturais ficará a cargo dos estados, municípios e do Distrito Federal.
“A Lei Aldir Blanc vai colocar em Minas R$ 240 milhões. Costumo dizer que a cultura nunca viu um montante de tanto recursos como esse. Vai ser uma oportunidade imensa pra que a gente possa estruturar as políticas públicas de cultura em Minas e tendo em vista essa transversalidade com o turismo", reiterou.
O secretário de cultura e turismo acrescentou que há 15 dias foi aberto um cadastro no site da Secult para o recebido do auxílio de R$ 600. "Lembrando que só pode receber quem ainda não recebeu. Temos já 4 mil inscritos e dentre estes vamos verificar a documentação, conferir tudo certinho, se é algo legal", frisou.
Leônida informou que nesta quarta (19), foi formada uma comissão paritária, com o Sesc, o conselho de cultura, de o turismo e funcionários da Secult para que em 15 dias possa o Estado apresente suas propostas de MInas para a Lei Aldir Blanc. "Convidei também todo o sistema, para que cada um faça as suas propostas. O sistema engloba o Palácio das Artes, Instituto do Patrimônio histórico, Rede Minas, com o audiovisual, a FAOP (Fundação de Arte de Ouro Preto), com restauração e as artes, e as superintendências. É um momento do sistema funcionar. Para que cada um com a sua expertise possa contribuir para uma elaboração forte de estruturação de políticas públicas", ressaltou.