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Cinema para  assistir, degustar e salivar 

“A 100 Passos de um Sonho e “Bistrô Romantique se unem a “Chef na onda que invade os cinemas de BH

Por daniel oliveira
Publicado em 29 de agosto de 2014 | 03:00
 
 
 
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Ousar experimentar novos sabores e ingredientes exóticos pode levar a orgasmos gastronômicos incomparáveis. Mas é difícil negar que nada se compara à segurança e ao prazer daquela velha receita da mãe ou da avó executada à perfeição.

É exatamente isso que “Chef”, em cartaz há duas semanas em Belo Horizonte, oferece. O filme do diretor Jon Favreau – que tem conquistado o público com seu tempero que mistura leveza e honestidade emocional em uma massa da mais pura narrativa clássica – é parte de uma onda de produções gastronômicas que ganha dois novos exemplares neste fim de semana, “A 100 Passos de um Sonho” e “Bistrô Romantique”. E apesar de os três circularem no mesmo universo, eles usam seus pratos exuberantes como pano de fundo para histórias bem diferentes.

Em meio a seu olhar pertinente sobre um certo espírito do nosso tempo, com redes sociais servindo de vazão para deficiências emocionais, “Chef” é, na verdade, a tentativa de um homem, Carl Casper (Favreau), de reencontrar sua identidade e sua vocação, por meio da qual ele pode oferecer seu melhor ao mundo. E o fato de que ele faz isso por meio da aproximação com o filho é uma ótima forma encontrada pelo roteiro de redimir as falhas do personagem.

Já em “A 100 Passos de um Sonho”, Helen Mirren vive uma chef que foi comparada à Miranda Priestly de Meryl Streep em “O Diabo Veste Prada”. A voracidade e a arrogância da protagonista só são amansadas quando ela começa a ensinar o filho do dono do restaurante indiano que abre em frente ao seu. O roteiro é do competente Steve Knight (“Senhores do Crime”) e a direção é de Lasse Hallström – então, quem gosta dos dramas água com açúcar do cineasta, como “Chocolate” e “Regras da Vida”, tem um prato cheio.

Por fim, o belga “Bistrô Romantique” gira em torno de três impasses amorosos que acontecem no Dia dos Namorados no local do título. O filme agridoce de Joël Vanhoebrouck é o equivalente do “jantar à luz de velas” para o casal que não tem medo de uma DR à moda do cinema francês.

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