Mostra

Intervenções nas ruas para gerar mudanças 

Realizada desde 2003, iniciativa que começou em BH tem trajetória recordada em exposição no Centro Cultural UFMG

Por carlos andrei siquara
Publicado em 29 de agosto de 2014 | 03:00
 
 
 
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Em 2003, a praça das Águas do parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, foi tomada por um jardim com 30 mil rosas brancas feitas de papel crepom. A instalação, concebida após oficinas promovidas por Severino Iabá, gerou outras ações semelhantes que disseminaram mensagens a favor de uma sociedade menos violenta. Agora, mais de dez anos depois, essa e outras intervenções realizadas em cidades do Estado, como Cordisburgo, Gonzaga, e até em Motecatini Terme, na Itália, são lembradas na mostra “Manifesto em Flor”, em cartaz no Centro Cultural UFMG.

Idealizador da proposta de arte pública “Manifesto das Flores”, que tem sua história ali apresentada, Iabá conta que a exposição apresenta fotografias de momentos emblemáticos, vídeos com depoimentos, além de mil recentes rosas produzidas coma participação de pessoas de vários lugares do país e do exterior.

“Nós pedimos que as pessoas nos enviassem uma rosa com algum manifesto. A partir disso, selecionamos cerca de 150 que deram origem ao vídeo com os depoimentos apresentados na mostra. A ideia foi ressaltar o alcance dessa proposta que conseguiu ser muito bem-sucedida, sendo acolhida pela comunidade”, conta Severino Iabá.

É em razão desse envolvimento do público e de outros coletivos artísticos que o artista plástico não consegue contabilizar quantas edições já foram realizadas desde 2003.

“É impossível contarmos quantas ações dessa foram feitas nesses dez anos. Mas temos notícias de pessoas que por iniciativa própria produziram suas rosas e levaram para lugares públicos da capital mineira ou de outras cidades. Tudo acontece de maneira muito espontânea e reflete o desejo da sociedade por mudanças”, afirma Iabá.

Serviço. Mostra “Manifesto das Flores”, no Centro Cultural UFMG (av. Santos Dumont, 174, centro). Visitação: Até 21/9, de 3ª a 6ª, das 10h às 21h; sáb. e dom., das 10h às 18h. Entrada franca.

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