CINEMA

Senai lança Escola de Audiovisual com cursos gratuitos em diversas áreas

As aulas acontecerão no Teatro Sesiminas e envolverão desdeSenai lança Escola de Audiovisual com cursos gratuitos em diversas áreas

Por Paulo Henrique Silva
Publicado em 02 de junho de 2023 | 18:05
 
 
 
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O cinema mineiro ganhou mais um estímulo para o seu desenvolvimento com a criação da Escola Senai de Audiovisual, lançada na noite de quinta-feira (1º), no Teatro Sesiminas. Serão oferecidos cursos, oficinas, debates e palestras direcionados à formação técnica e aperfeiçoamento profissional, totalmente gratuitos. 

O projeto é incentivado e terá 18 meses de duração, com todas as atividades gratuitas. Os cursos começarão em julhoe contarão com profissionais de alto calibre do mercado mineiro e nacional. As inscrições já poderão ser feitas no site da Fiemg. “Elaboração de projetos audiovisuais” e “Video Mapping” serão os primeiros. Nesse ano ainda serão ofertados “Preparação para atores” e “Edição e montagem para cinema”.  

Haverá ainda “Ssom direto para cinema e edição de áudio” e “Direção cinematográfica”, além de debates sobre “Mulheres no audiovisual brasileiro”, “Cinema e meio ambiente”, “Audiovisual e sustentabilidade”, “Audioviusal e cinema no Brasil: desafios e perspectivas”. Em 2024, outros cursos estão previstos.  

Quem estará à frente da escola é Karla Bittar, gerente de Cultura do Sesimas. “Estamos muito felicidades em apresentar essa iniciativa revolucionária, que tem como objetivo  capacitar e inspirar profissionais do campo audiovisual, combinando a expertise do Senai com a paixão e a criatividade do setor audiovisual mineiro. Juntos estamos construindo uma instituição de excelência para desenvolvimento e o sucesso dessa industria em constate evolução”, destacou. 

“É com muito orgulho que a Fiemg lança essa iniciativa que é, na minha leitura, disruptiva na área do audiovisual”, destaca Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrais do Estado de Minas Gerais. Ele lembrou que a escola não se limitará a Belo Horizonte, ganhando outra unidade em Cataguases, “que é hoje um polo de criação de audiovisual”. Por meio da escola, prevê Roscoe, haverá uma troca de experiências entre os dois centros, ajudando-os mutuamente. 

Para o presidente, o audiovisual tem um grande potencial em todas as suas vertentes. “Já temos algumas iniciativas e estudos para incrementar ainda mais o nosso investimento nesse segmento. Com o pessoal que será formado na escola, esperamos dar maior densidadade ao audiovisual do Estado”, comentou Flávio Roscoe.  

Flávia Moreira, diretora de audiovisual da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo, definiu o lançamento como uma grande celebração para o setor, “que ficou um tempo reprimido e sofreu um bocadinho”. Ela lembrou que a indústria do audioviusal de Minas é a terceira maior do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo e  Rio de Janeiro no que se refere ao número de empresas cadastradas na Agência Nacional de Cinema. 

Consultor da Escola Senai de Audiovisual e coordenador da ONG Contato, o cineasta Helder Queiroga ressaltou que a ideia já está reverberando em outras unidades do Senai do país. “A escola vem para cobrir uma lacuna da cadeia produtiva, voltada para a formação técnica e inclusão socioprodutiva no mercado de trabalho”.  

Em seguida ao lançamento e às apresentações, Juca Ferreira, assessor especial para cultura do BDNES, e Alex Braga, presidente da Ancine, participaram do painel “Desafios e Oportunidades do Audiovisual Brasileiro”. Ferreira foi ministro da Cultura no governo de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, e secretário municipal de Cultura de Belo Horizonte, na administração de Alexandre Kalil. 

Ele procurou ressaltar os anos de muitas dificuldades e desarticulação que o setor viveu, em função da pandemia e o estado de beligerância implantado pelos dois últimos governos. “Teremos que iniciar um novo ciclo e agora é o momento de buscarmos o máximo de informação para termos uma noção detalhada do estado da arte e para podermos definir políticas, programas e ações eficientes e eficazes que considerem os muitos desafios e deem sustentação para o setor se tornar uma economia poderosa”, ponderou.  

Ferreira também sugeriu que todas as instituições públicas que, direta ou indiretamente, contribuem para o desenvolvimento da atividade gerem uma articulação em um nível que ainda não foi atingido. Essa sinergia possibilitará, na sua visão,  que esse fomento e incentivo público para o desenvolvimento do setor adquira uma qualidade e uma potência superiores. “A partir de uma estratégia bem definida, cada instituição, desde seus pontos de vista e missões específicas, poderão agir de forma combinada e harmônica e articulada com o setor”. 

Outro ponto destacado é a regulação do streaming e da ação das plataformas no país, segundo o exemplo da Europa e de alguns países latino-americanos, “sob pena de nos inviabilizarmos como produtores de conteúdos audiovisuais e vermos nosso mercado interno desregulado ser invadido e ocupado por essas megas-lempresas supranacionais”.  

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