Trem de outra cidade para em Belo Horizonte

“Eu nunca fui, mas sinto como se já tivesse ido”. É com a frase, carregada de emoção, que o baiano de Salvador Giovani Cidreira responde à pergunta se já conhecia Belo Horizonte. O músico e compositor se apresentará pela primeira vez na cidade nesta sexta-feira (16) com seu mais recente lançamento, o EP “Japanese Food”.

Cidreira diz que sente uma relação de amor com a capital, já que é daqui que saiu o movimento musical que mais admira: o Clube da Esquina. “Na minha canção ‘Trem de Outra Cidade’ falo de Minas Gerais como sendo o paraíso. Tenho muitos amigos que estão aí. Tenho planos de passar uma temporada de três meses na cidade”, diz. A relação com o Clube da Esquina é tão visceral que Cidreira afirma ter sido diretamente influenciado pelo grupo na produção de “Japanese Food”.

O compositor ainda reflete sobre outras referências. “O disco pega todos os caminhos que percorri na música, coisas que ouvia desde guri. Enquanto na adolescência meus amigos estavam ouvindo Charlie Brown, eu ficava ouvindo LPs do Roberto Carlos, do Marcos Vale, do Lô Borges... Quando vou fazer música, isso aparece de forma aglutinada”, revela.

Por beber de fontes tão densas, o disco acabou assumindo um tom mais sério. Por isso, Cidreira escolheu um nome divertido para batizar o álbum: “Japanese Food”.

O título vem de uma história pouco convencional. “Fiquei muito tempo angustiado para dar o nome para o disco. Então, deixei que o acaso me dissesse o nome. Até que uma amiga me mostrou um desenho de uma banda fictícia dela composta por meninas. No meio da bateria, estava escrito ‘japanese food’. Achei legal, e ela sugeriu que eu botasse esse nome no disco. Ficou curioso e divertido”, afirma.

Serviço. Lançamento do disco “Japanese Food”, de Giovani Cidreira, com abertura de Gui Heargreaves. Nesta sexta-feira (16), às 21h, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Savassi). Os ingressos custam R$ 20 (antecipado) e R$ 25 (porta).