EM FOCO

As duas faces do poder

Redação O Tempo

Por FABÍOLA TAVERNARD/ POPTV
Publicado em 05 de outubro de 2007 | 16:08
 
 
 
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Bem no clima de "Duas Caras", trama em que interpreta a requintada Branca, Susana Vieira está exercitando uma espécie de faceta bipolar de sua personalidade. A atriz de 65 anos alterna momentos de extrema simpatia e bom humor com outros de "tolerância zero", em que qualquer pergunta menos amistosa merece uma resposta "torta". Diante da avidez por demonstrar uma satisfação ímpar com seu atual papel, Susana, sempre alguns decibéis acima da média, revela suas fragilidades, apesar dos 44 anos de carreira.

"Sou tão frágil quanto qualquer iniciante. De nada adianta a experiência, pois sempre tenho medo de não acertar e de não fazer brilhantemente o meu trabalho", confessa, apressando-se em revidar. "Por enquanto, a Branca está me dominando. Mas logo a situação se inverte", garante. Na trama de Aguinaldo Silva, Branca é uma mulher da alta sociedade que acredita viver uma rara, feliz e leal união de 20 anos com João Pedro, interpretado por Herson Capri.

Sua vida desmorona quando ela descobre, pelos jornais, que é traída por ele desde a época de noivado com Célia Mara, personagem de Renata Sorrah. "Branca é realizada até descobrir a traição. É quando revela seu outro lado", explica.

Tragédia
Mas nem após a morte do marido por uma bala perdida, Branca se livra da rival. Com tantas instituições de ensino superior por aí, Célia matricula- se, lógico, no curso de direito da Universidade Pessoa de Moraes, de propriedade de Branca. Ao saber da nova caloura, ela acredita estar sendo "peitada".

Ainda mais quando, refeita da viuvez, Branca se envolve com o professor Fernando, de José Wilker, e Célia joga charme para ele. "Ela não só manteve um caso o meu marido durante 20 anos, como quer fazer o mesmo com o segundo. Você acha que eu vou deixar barato?", desafia a atriz, aos risos, em nome da personagem.

Para dar vida à poderosa empresária, Susana pintou as madeixas num tom louro claríssimo. Vaidosa, ela diz ter adorado o visual, ainda mais por receber elogios de um público para lá de crítico: os gays. "Eles estão me achando linda. Então, já tenho metade do Brasil ao meu lado", contabiliza.

Trato
O cabelo, que na segunda fase da trama será alongado em alguns centímetros, foi escolhido por Wolf Maya ao ver uma sessão de fotos da atriz para o maquiador e fotógrafo Fernando Torquatto. Na ocasião, Susana encarnou divas do cinema italiano e o diretor não teve dúvidas ao optar por uma Branca louríssima e de franja.

"Mas a franja arrebentou um pouco por causa do clareamento", lamenta Susana, que gasta cerca de R$ 400 por mês em xampus e cremes para os cabelos. "Como eu ganho bem na Globo, posso me sentir uma mulher gata", imagina. Nada discreta, a atriz também teve de deixar no porta-jóias seus acessórios dourados. "Sou uma mulher colorida. Mas a Branca só usa ouro branco. Então, deixei minhas cafonadas na caixinha", diverte-se.

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