Menina mulher no começo 

Bella Piero carrega um misto de meninice com jeito de mulher, típico de quem tem 19 anos. Mas os traços finos e o porte mignon a fazem parecer ainda mais nova. E lhe dão o physic du role ideal para interpretar uma garota de 15 anos como a Nina, de “Verdades Secretas”, próxima novela das onze da Globo. Na trama de Walcyr Carrasco, a atriz vive uma típica adolescente, com suas rebeldias e excentricidades no modo de se vestir. A personagem marca a estreia de Bella na TV. “Eu já tinha feito cadastro na Globo, muitos até. Mas foi o primeiro teste que fiz na emissora, por incrível que pareça”, conta, animada. Na hora de ser avaliada, ela não se deixou abater pelo nervosismo. Mas precisou lidar com a ansiedade durante as quase quatro semanas que esperou pela resposta. “Estava com uma energia muito positiva sobre o resultado, sentia que vinha coisa boa”.

Na história, Nina faz parte do núcleo da escola e é conhecida por ser uma menina muito inteligente. Mas é dona de uma personalidade rebelde. “Ela também tem uma família um tanto estranha e cresceu sem essa base. Por isso, acredito que Nina seja um pouco esquisita” adianta. Além disso, a menina é amiga das personagens de Agatha Moreira e Mariana Molina. “As três serão pegas fazendo algo que não é autorizado para menores, mas não posso falar o que é”, desconversa, em tom de mistério.

Justamente por ser sua primeira experiência com uma personagem fixa na TV, Bella quer fazer bonito. Para isso, tem estudado diversas referências para incrementar a composição de Nina. Em janeiro, começou a preparação oferecida pela Globo ao lado do elenco. Primeiro, fez um estudo com o diretor argentino Eduardo Milewicz. Em seguida, trabalhou com o preparador Sergio Penna. Mas Bella também tem se dedicando intensamente às sessões de fonoaudiologia com Leila Mendes. Principalmente porque precisa encontrar um novo registro de voz para suas cenas da novela. “Nina é bem mais grave, bem mais direta”, explica a atriz, que foi além do caminho óbvio na busca por informações para a personagem. “Pude estudar um pouco o expressionismo alemão e um pouco do teatro do absurdo. Foram umas pinceladas para dar forma à esquisitice da personagem”, conta.