Maior estádio de Minas Gerais, o Mineirão chega nesta sexta-feira (5) aos 60 anos. Inaugurado em 1965, o Gigante da Pampulha chegou a ter capacidade para receber 130 mil pessoas. Hoje, abriga pouco mais do que 60 mil torcedores, mas é um estádio mais moderno e que já recebeu, inclusive, jogos de Copa do Mundo, da Copa das Confederações e até das Olimpíadas, além de shows de grande porte. Confira, abaixo, 60 curiosidades do estádio aniversariante do dia.
Foi no Gigante da Pampulha que a seleção brasileira levou sua maior goleada, o 7 a 1 diante da Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.
No total, a vantagem é do Cruzeiro, com 41 títulos. O Atlético levantou 34 no mesmo período, enquanto o América tem sete. O levantamento considera apenas o período em que o Mineirão existe, independentemente de as finais terem sido disputadas ou não no estádio. Confira, abaixo, a divisão de títulos por categorias.
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Estaduais - Desde que o Mineirão foi inaugurado, em 1965, o Atlético venceu 23 estaduais, enquanto o Cruzeiro ganhou 22, o América venceu quatro, e Caldense e Ipatinga ergueram uma taça.
Nacionais - O Cruzeiro leva vantagem, com 11. Conquistou a Taça Brasil de 1966, depois equiparada ao Brasileiro, além dos Brasileirões de 2003, 2013 e 2014, seis edições da Copa do Brasil e uma Série B. O Atlético conquistou, no período, seis títulos nacionais, sendo dois Brasileiros, duas Copas do Brasil, uma Supercopa do Brasil e uma Série B. O América levantou duas taças da Série B e uma Série C.
Internacionais - Mais um empate entre Atlético e Cruzeiro, com cinco. O clube estrelado tem duas Libertadores, duas Supercopas e uma Recopa. O Atlético tem uma Libertadores, duas Copas Conmebol e uma Recopa.
Interestaduais - Vantagem do Cruzeiro, que comemorou duas Sul-Minas e uma Copa Centro-Oeste. O América tem uma Sul-Minas.
Cruzeiro 1 x 0 Villa Nova, em 22 de junho de 1997, pelo Campeonato Mineiro. Naquele dia, 132.834 pessoas estiveram presentes na partida. O público pagante foi de 74.857 (mulheres e crianças não pagavam ingresso).
Após a reforma, o maior público foi na partida Cruzeiro 0x0 Atlético, com 61.583 presentes, no Brasileiro de 2024, no dia 10 de agosto.
Reinaldo, do Atlético, que marcou 157 gols no estádio.
Hulk, do Atlético, marcou 59 gols no estádio desde que chegou ao Galo, em 2021.
Entre 1965 e 2010, 56.952.474 pessoas entraram para ver jogos no estádio na Pampulha. Depois da reforma, entre 2013 e 2025, foram mais 14.189.580 até Cruzeiro 1x0 São Paulo, em 30/08/2025, totalizando, então, 71.142.054 torcedores.
O Mineirão começou a ser construído em 25 de fevereiro de 1960. Cinco anos e praticamente sete meses depois, em 5 de setembro de 1965, o estádio era inaugurado.
Foi entre a seleção mineira e o River Plate, da Argentina, que terminou com a vitória de 1 a 0 dos donos da casa.
No jogo de estreia do Mineirão, em 1965, a bola e o juiz chegaram de helicóptero.
O jogador que balançou as redes pela primeira vez no estádio foi Buglê, meia do Atlético, autor do gol no 1 a 0 da seleção mineira sobre o River Plate.
Em 21 de setembro de 2005, o piloto alemão Michael Schumacher participou de um jogo beneficente com ex-jogadores, atores e músicos na preliminar de Cruzeiro 2x3 São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.
Foi o 11 a 0 do Cruzeiro no Flamengo de Varginha, pelo Campeonato Mineiro de 1980.
Antes da reforma, entre 1965 e 2010, 3.386 partidas foram realizadas no Mineirão. Depois, a partir de 2013, foram mais 550 partidas, totalizando, então, 3.936 jogos no Gigante da Pampulha.
Mais de 10 mil gols, no total. Entre 1965 e 2010, foram 9.301. E, depois, a partir de 2013, mais outros 1.397, até Cruzeiro 1x0 São Paulo, totalizando, então, 10.698 bolas nas redes do Gigante da Pampulha.
Cerca de 400 presidiários do regime semiaberto de Belo Horizonte trabalharam na reforma do Mineirão, no início da década passada.
De 1970 a 1977, o vestibular da UFMG foi realizado no estádio Mineirão. Além disso, papai noel também já fez sua chegada no estádio.
No Novo Mineirão, desde 2013, 30 jogos finais de mata-mata foram disputados no local. E 24 taças foram levantadas no Gigante da Pampulha desde então. No total, 86 partidas decisivas, quando o campeão foi conhecido no estádio, foram realizadas desde 1965.
O estádio tem 80 mil m² construídos.
Por jogo são vendidos, em média, mais de 3 mil litros de refrigerantes e 2 toneladas e meia de feijão tropeiro.
Quando o Mineirão foi inaugurado, podendo receber até 130 mil pessoas, só ficava atrás do Maracanã (200 mil) e Morumbi (150 mil) em capacidade de público.
O Atlético conseguiu um feito incrível em 1969: venceu a seleção brasileira, com Pelé e companhia e a base que seria tricampeã em 1970, por 2 a 1, com um gol de Dario e outro de Amauri. Pelé fez o gol da seleção.
7.200 operários
347.260 quilos de cimento
4.686.137 quilos de ferragem
140.879 quilos de tubos galvanizados
Atlético e Cruzeiro se enfrentaram pela primeira vez no Mineirão no dia 24 de outubro de 1965, pelo Campeonato Mineiro. Por conta de uma briga generalizada, a partida foi interrompida com vitória parcial da Raposa por 1 a 0.
Copa Libertadores - 1976, 1977, 1997, 2009 e 2013
Copa Conmebol - 1992, 1995 e 1997
Recopa Sul-Americana - 1998 e 2014
Supercopa - 1988, 1991, 1992 e 1996
Copa Intercontinental (antigo Mundial): 1976
O projeto do novo Mineirão teve reaproveitamento de cerca de 90% dos resíduos (concreto, terra e metal). Cerca de 75 mil m³ de concreto foram reaproveitados e 250 mil m³ de terra foram reutilizados.
O jogo Atlético 1x1 Cruzeiro, em 16 de março de 1997, pelo Campeonato Mineiro, foi o cenário da gravação do clipe "É uma partida de futebol", do Skank.
A fachada do estádio é tombada pelo Conselho do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte e se integra ao Conjunto Arquitetônico da Pampulha, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
É possível visitar espaços mais restritos e privilegiados do Gigante da Pampulha, como vestiários, passando pelo museu, que reúne camisas e até moldes de pés e mãos de quem marcou história no estádio. O tour tem duração de uma hora.
O Estádio Minas Gerais foi criado por meio da lei 1.947 de 12 de agosto de 1959, assinada pelo governador José Francisco Bias Fortes. A lei também previa a criação de uma autarquia que administraria o estádio, a AEMG (que passaria mais tarde a se chamar ADEMG).
A primeira equipe mineira a jogar um torneio nacional oficial no Mineirão foi o Siderúrgica, de Sabará. Campeão mineiro de 1964, o clube azul e branco enfrentou o Atlético-GO pela Taça Brasil de 1965, em 29 de setembro de 1965. E venceu por 3 a 1.
Na década de 1980, o então presidente do Atlético, Elias Kalil, mandou construir um banco de reservas exatamente atrás de onde atuam um dos auxiliares de arbitragem, o ‘bandeirinha’, no lado oposto onde sempre ficaram os dois bancos de reservas habituais. O clube usou por um tempo o espaço antes dele ser inutilizado.
O estádio conta, hoje, com 364 câmeras de vigilância.
Os vestiários do Mineirão têm 12 chuveiros, spa para oito pessoas, salas para aquecimento, comissão técnica e outros usos.
No projeto do Mineirão, antes chamado de Estádio Universitário, a capacidade estava prevista para 30 mil pessoas, mas os arquitetos Eduardo Mendes Guimarães e Gaspar Garreto alteraram o projeto para uma capacidade bem maior, em torno de 100 mil pessoas. No início, o Mineirão podia receber até 130 mil torcedores.
A concessão do Mineirão pertence à Minas Arena, que permanece como administradora do estádio por 27 anos, desde quando se iniciaram as obras, em 2010.
O primeiro encontro entre dois times mineiros na maior competição continental de clubes,a Copa Libertadores, aconteceu no Mineirão. Em 2022, pela fase de grupos do torneio, Atlético e América empataram em 1 a 1.
A Alemanha já tinha entrado para a história do Mineirão com a maior goleada de uma Copa, a de 2014, o fatídico 7 a 1 da semifinal, quando, dois anos depois, aplicou também a maior goleada da Olimpíada de 2016. Fez 10 a 0 em Fiji, pelo torneio masculino.
Em 2011, já nas obras para a Copa, o estádio recebeu a instalação de 166 amortecedores sob a parte superior da estrutura, em substituição às hastes verticais que estavam debaixo de todo anel.
As obras para erguer o estádio começaram em 1960, em terreno cedido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já as reformas para a Copa do Mundo de 2014, e também pela Copa das Confederações de 2013, começaram em 2010.
Atlético e Cruzeiro inauguraram o estádio em sua versão moderna, pelo Mineiro de 2013. O jogo terminou com a vitória celeste por 2 a 1, com um gol contra de Marcos Rocha, que acabaria sendo o primeiro gol do ‘Novo’ Mineirão.
A seleção jogou pela primeira vez no Mineirão dois dias após a inauguração do estádio. Formado por jogadores do Palmeiras, o time verde e amarelo venceu o Uruguai por 3 a 0.
Em 2004, as arquibancadas superior e inferior passaram a ter cadeiras na cor vermelha, com a geral ficando como único espaço sem assentos.
Entre junho de 2010 e fevereiro de 2012 o estádio ficou fechado para as reformas para a Copa do Mundo e a Copa das Confederações
Foram 252, desde a inauguração, em 1965. São 90 vitórias do Cruzeiro, 80 do Atlético e 82 empates.
O Cruzeiro tem um ataque mais efetivo, com 292 gols em clássicos no Mineirão, contra 273 do Atlético. No total, são 565 bolas nas redes nos clássicos.
Seis jogos foram disputados no Mineirão em 2014. O mais importante foi a semifinal, entre Brasil e Alemanha, o famoso 7 a 1. Nas oitavas, Brasil e Chile ficaram no 1 a 1, com vitória brasileira nos pênaltis. Na primeira fase, foram quatro: Colômbia 3x0 Grécia; Costa Rica 0x0 Inglaterra; Argentina 1x0 Irã e Bélgica 2x1 Argélia.
Foram três jogos em 2013, incluindo a semifinal Brasil 2 a 1 Uruguai. Na primeira fase da competição, a Nigéria venceu o Taiti por 6 a 1, enquanto o México fez 2 a 1 no Japão.
Foram dez partidas, entre partidas da competição masculina e da feminina. Destaque para a goleada da Alemanha sobre Fiji, no masculino, e a vitória, nos pênaltis, da seleção brasileira feminina sobre a Austrália, nas quartas de final, após 0x0 no tempo normal.
Na era do ‘Novo Mineirão’, segundo levantamento do próprio estádio, o Cruzeiro é o clube que mais mandou jogos no local, 352, dado que inclui as equipes femininas e sub-20
No total, 111 clubes atuaram no Gigante da Pampulha. Tirando os mineiros, o Palmeiras foi quem mais entrou em campo, com 21 partidas.
O estádio recebeu também 19 times do interior do Estado. Tombense (11 jogos) e Caldense (10) lideram a estatística entre os interioranos. Vale lembrar que, além dos dois citados, Athletic, URT e Villa Nova também mandaram jogos no local.
O estádio foi palco de jogos internacionais de peso. Entre os clubes, 34 no total, Cerro Porteño (Paraguai), Boca Juniors e River Plate (Argentina) foram os que mais jogaram, com três apresentações.
Foram 28 seleções em campo. O Brasil lidera, com sete jogos.
E o que não faltou foi competição diferente. No masculino, foram 19 torneios diferentes. O Brasileirão é o torneio com mais partidas disputadas na Pampulha. São 17 torneios oficiais. Na conta do estádio, entram amistosos entre clubes e amistosos entre seleções.
Se o maior público é de um jogo recente, entre Cruzeiro e Atlético, com 61.583 presentes, a maior renda, porém, é do jogo entre Brasil e Argentina, pela Copa América de 2019, com R$ 18.744.445.
O uruguaio Arrascaeta fez 31, sendo 30 pelo Cruzeiro e um pelo Flamengo.
O Mineirão recebeu jogos da Copa América em duas oportunidades. Em 1975, quando a seleção brasileira foi representada por uma seleção mineira, três jogos foram realizados no estádio (Brasil 2 x 1 Argentina, Brasil 6 x 0 Venezuela e Brasil 1 x 3 Peru). Em 2019, foram cinco jogos (Uruguai 4 x 0 Equador, Argentina 1 x 1 Paraguai, Bolívia 1 x 3 Venezuela, Equador 1 x 1 Japão e a semifinal Brasil 2 x 0 Argentina).
O Mineirão hoje é point habitual para grandes shows internacionais. Nos últimos anos, se apresentaram no estádio nomes como Paul McCartney, Roger Waters, Guns ‘n’ Roses, Metallica, Elton John, Beyoncé, Black Sabbath e Iron Maiden, entre outros. Festivais como Prime Rock, Samba Prime, Sarará, Brasil Sertanejo e Planeta Brasil são alguns que também batem ponto no Gigante da Pampulha.
Em 1997, Belo Horizonte completou 100 anos e as principais comemorações esportivas foram realizadas no Mineirão, que recebeu a Copa Centenário, com atrações como o Milan, da Itália, e o Benfica, de Portugal. Na final, entre os times da casa, o Atlético venceu o Cruzeiro por 2x1.