Turistas estrangeiros recebem dicas de segurança de seus governos sobre o trânsito brasileiro. São recomendações como prestar atenção a motoristas furando sinal de madrugada, não parar nos sinais caso sinta algum perigo de assalto, manter as portas dos carros trancadas e os vidros fechados enquanto estiver dirigindo, além de tomar cuidado com veículos mudando de faixa sem sinalização e motoristas desrespeitando a faixa de pedestres. O número de mortes nas estradas do Brasil é citado várias vezes.
A 35 dias do início da Copa, países participantes, como EUA, França, Bélgica e Reino Unido fazem alguns alertas para os torcedores. O governo belga recomenda a adoção de direção defensiva e que os turistas evitem dirigir à noite, além de destacar que as rodovias federais são perigosas e bastante movimentadas, e que a qualidade das estradas piora nas porções mais ao norte do Brasil. Os franceses ressaltam as 42 mil mortes por ano, mas lembram que o número de brasileiros equivale a 15 vezes a população local, e que o brasil é três vezes o tamanho da França. O governo também detalha as características geográficas das vias de algumas capitais brasileiras.
O governo dos EUA destaca as más condições das estradas e salienta que não há leis brasileiras obrigando caminhoneiros a fazerem paradas regulares, e que eles dirigem durante períodos excessivos do dia. Além disso, os norte-americanos estranham que a maior parte das rodovias brasileiras tenham no máximo duas faixas.
Algumas dicas são pontuais sobre cidades-sede. O governo do Reino Unido pontua as rodovias que ligam os aeroportos às cidades de São Paulo, Manaus e Belo Horizonte, locais dos jogos da seleção inglesa na primeira fase do torneio. O Reino Unido, assim como a Irlanda, também reforça que no Brasil se dirige do lado direito das vias.
Assim como a Irlanda, o Canadá não está na Copa, mas não economiza nas recomendações alarmantes. Os canadenses atribuem os riscos de dirigir no Brasil à agressividade dos motoristas ao volante. Além disso, caminhões fazendo ultrapassagens imprudentes, vias mal sinalizadas, construções interferindo no tráfego, carros na contramão e velocidade excessiva são outras justificativas encontradas para a situação do trânsito aqui.
O guia da Nova Zelândia é o mais curioso. Além de recomendar que seus cidadãos evitem se aproximar das manifestações de ruas, pois mesmo as mais pacíficas podem virar um caos, o informe do governo neozelandês cita uma observação da Organização Mundial da Saúde: “Viajantes estão mais propensos a se machucarem ou morrerem pela violência ou em acidentes de trânsito do que por doenças infecciosas exóticas”.
Bélgica
Dicas: praticar direção defensiva, evitar dirigir à noite e andar com a porta do veículo trancada e vidros fechados
Canadá
Dicas: evitar dirigir à noite, andar com a porta do veículo trancada e vidros fechados, prestar atenção ao movimento da rua quando estiver parado em um sinal e não parar nos acostamentos das estradas, tanto em função de acidentes quanto em função de assaltos
EUA
Dicas: qualquer quantidade de álcool no sangue do motorista é passível de punição, faixas de pedestre são respeitadas em lugares como Brasília mas ignoradas em outros e, devido ao contingente de fiscalização policial variar ável de uma região para a outra do país, não se deve presumir que os demais motoristas seguirão as normas de trânsito mais básicas
França
Dicas: não dirigir à noite ou com mau tempo, em função das condições das estradas, sempre andar com janelas fechadas e, no caso de se envolver em um acidente, chamar imediatamente a polícia e não movimentar o carro
Irlanda
Dicas: cuidado com veículos mudando de faixa sem sinalizar, furando sinal, especialmente durante a noite, e não deixa bolsas à vista quando dentro do carro para não atrair assaltantes
Nova Zelândia
Dicas: cuidado com sequestros-relâmpago, manter portas e janelas do carro fechadas e redobrar atenção nos cruzamentos, mesmo com sinal verde
Reino Unido
Dicas: tolerância zero com bebida no trânsito, passível de multa e detenção, sair com antecedência para não se atrasar, devido ao intenso fluxo de veículos nas grandes cidades, qualidade das estradas piora quando se afasta das grandes cidades e nas zonas rurais