SUCESSO SEM ACASO

Bierhoff traça caminho para a restruturação do futebol brasileiro

Planejamento a longo prazo, aproximação entre clubes e federações, além de investimento na base são as chaves do sucesso alemão

Por JOSIAS PEREIRA
Publicado em 14 de julho de 2014 | 09:05
 
 
 
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Rio de Janeiro. Foi doído. Pela semifinal da Copa do Mundo, a Alemanha não tomou conhecimento do Brasil, uma impetuosa goleada por 7 a 1, no Mineirão, que deixará feridas profundas no já tão criticado futebol nacional. Aos alemães coube a glória de erguer a taça de tetracampeão do mundo, no Maracanã. Uma lição de que o planejamento a longo prazo, o trabalho em conjunto de clubes e federações, além de um investimento nas categorias de base traz frutos dourados. Fica a dica para a CBF.

“A lição que fica é o que o sucesso não vem por acaso. Você tem que trabalhar, investir em uma reeducação no esporte e isto aqui não costuma acontecer porque o país tem uma grande tradição no futebol. Nós ficamos atrás durante algum tempo após a conquista do título em 1990, todo mundo estava muito relaxado e trabalhando por sua conta, mas nós tivemos que dar duro a cada dia, dando mais de nós, investindo em bons treinadores, aproximando a federação dos clubes”, destaca Oliver Bierhoff, ex-jogador e hoje diretor técnico da seleção alemã.

“O Brasil é o país do futebol, vocês possuem muitos talentos, é preciso aproveitar este potencial e investir neste crescimento”, completou.

Ainda na avaliação do ex-jogador, a goleada serviu como um alerta, mas não como um ponto qualificador para apontar um profundo abismo entre o futebol brasileiro e o alemão.

“É apenas um momento. Nós mostramos uma qualidade maior quando nos enfrentamos, temos grandes jogadores, de grande qualidade técnica, atravessamos um melhor momento, mas isto não quer dizer que o futebol brasileiro deixou de ser competitivo”, disse.

O dirigente aproveitou para tecer elogios à Copa do Mundo no Brasil, principalmente ao povo baiano que tão bem acolheu a seleção alemã.

“Grande organização na parte de logística, de transporte, pessoas muito hospitaleiras, que nos acompanharam e deram toda a estrutura necessária em Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro. Nós nos divertimos com a felicidade deles e eles (brasileiros) simpatizaram com a seleção alemã”, concluiu.

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