'Fico sem dormir'

Felipão admite ansiedade para início da Copa do Mundo

Treinador diz que altera dias tranquilos com momentos de mais preocupação e quer seleção com mesma identidade da Copa das Confederações

Por AGÊNCIA ESTADO
Publicado em 03 de junho de 2014 | 08:52
 
 
 
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Se dependesse de Felipão, a Copa do Mundo começaria hoje. O treinador vive a expectativa de abrir a competição no Brasil e fazer a bola rolar nas seis partidas que levariam a seleção para a final no Maracanã, dia 13 de julho. A ansiedade do treinador é gigantesca, como ele próprio admitiu na segunda-feira. "Eu queria que começasse hoje. Pelo amor de Deus, tinha de começar logo essa Copa", disse, para voltar a lamentar o fato de o Brasil ter apenas 16 dias de trabalho.

Felipão tem conseguido controlar sua ansiedade, principalmente quando o treinamento corre conforme ele pensa e idealiza. "Tem dia que estou super tranquilo. Tem dia que não me preocupo porque tenho certeza de que tudo dará certo. Mas tem dia que as coisas dão errado e aí eu fico sem dormir, pensando em soluções e remoendo o que tenho de fazer", disse.

O tempo, no entanto, lhe é um aliado. Felipão sabe que seu time não está pronto para estrear no Mundial. Precisa de alguns retoques, encorpar e ganhar confiança. Ele ressaltou muito em sua entrevista que o Brasil não pode perder sua identidade, a característica que o marcou nos amistoso e na Copa das Confederações. Por isso ficou tão furioso no treino de domingo. "Não quero que eles tirem o pé. Quero que eles não dividam bolas, mas isso não significa deixar os atacantes jogarem com tanta facilidade, como ocorreu naquele treino na Granja. Quero um time com força de decisão."

Ramires foi a solução encontrada para o jogo desta terça contra o Panamá para dar seu recado ao time. A posição, no entanto, é de Paulinho, que ficou em Teresópolis tratando de uma lesão no pé direito, que, em princípio, não preocupa o treinador. Após o desabafo, havia a expectativa de que Felipão poderia mudar de ideia em relação à formação para o jogo com a Croácia, mas ele mesmo tratou de demover os jornalistas disso. "Vocês precisam aprender a não me levar tão a sério assim. Eu fico bravo, mas depois penso melhor e se tiver de pedir desculpas para o jogador, eu peço."

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