Apesar do ritmo de flexibilização em Belo Horizonte estar avançando com o passar do tempo, o candidato à prefeitura da capital Wadson Ribeiro (PCdoB) acredita que ainda é cedo para se determinar o retorno das aulas presenciais na cidade. O postulante afirma que o momento é de cautela e é preciso que a população entenda que a pandemia ainda oferece riscos à saúde de todos.
“A minha posição é totalmente contrária a qualquer volta das aulas presenciais. Belo Horizonte e Minas Gerais tiveram um grande número de casos e não tem como, nesse momento, a gente ficar discutindo volta às aulas. Isso é uma insanidade. Você pode perder o ano letivo, mas você não pode perder a vida. Então sou contrário a qualquer tipo de volta. Isso é pressão de donos de escolas por um lado e de um governo como o Zema que não tem o mínimo de conhecimento do funcionamento da coisa pública”, argumentou Ribeiro.
A proposta de governo apresentada pelo postulante à Justiça Eleitoral contém 47 páginas e 10 eixos. Dentre esses está o trabalho pelo aprimoramento da educação que é considerado pelo candidato uma das prioridades da campanha. A valorização dos profissionais e a universalização do acesso à educação são pontos do planejamento destacados por Wadson Ribeiro.
“A gente quer usar muito a experiência que nós temos no Maranhão com o governador Flávio Dino, que é do meu partido. Queremos universalizar o acesso a educação infantil de zero a cinco anos. Principalmente de zero a três anos, porque nessa faixa você tem algo em torno de quatro a cinco mil de crianças fora da creche esperando uma vaga. Ao lado disso, com recursos do Fundeb, nós temos o compromisso de valorizar o profissional da educação, de forma a Belo Horizonte pagar o maior piso salarial para o professor da educação infantil”, explicou Ribeiro.
Para o ensino fundamental, que também de responsabilidade do município, a estratégia é garantir que todas as crianças e adolescentes de Belo Horizonte de seis a 14 anos estejam matriculados na escola e evitar a evasão escolar.
“Temos que garantir essa matrícula e garantir que no mínimo 95% conclua essa etapa de estudo e combata, portanto, a evasão escolar”, disse Ribeiro.