O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) informou que Coronel Cláudia, nome escolhido por Bruno Engler (PRTB) como vice na chapa, não vai aparecer nas urnas quando o eleitor votar no deputado estadual. Isso ocorre porque as cargas para os dispositivos de votação já foram fechadas e, na ocasião, a Justiça havia deferido a chapa do parlamentar com Mauro Quintão, presidente municipal da legenda.
“O partido só pode ter uma chapa na urna. Em casos de dissidência, como esse, prevalece a que foi deferida pelo juiz eleitoral”, informou o TRE mineiro por meio de nota.
O candidato lamentou a decisão e disparou, mais uma vez, contra o partido. Até o presidente nacional da sigla, Levy Fidélix, entrou na mira. “Inviabiliza muito (não ter Cláudia nas urnas), acho que sou o único candidato que o partido joga contra, meu partido durante todo esse processo tem sabotado a minha candidatura, mas nós sabíamos da dificuldade que nós iríamos enfrentar. Nós estamos enfrentando um sistema podre, tem muitos interesses econômicos poderosos contra a nossa campanha e o nosso partido tem atrapalhado o andamento da candidatura. É profundamente lamentável que o meu partido jogue contra a nossa candidatura e é profundamente lamentável que o Levy Fidélix se mostre uma pessoa sem honra e sem palavra. Se tiver um paulistano lendo, não vote em Levy Fidélix porque o que ele promete, não dá para confiar não, é um mentiroso”, disparou.
Bruno Engler tem feito a maior parte das suas agendas de campanha ao lado de coronel Cláudia Romualdo, como ocorreu nesta quarta-feira em Venda Nova. Os materiais de campanha, inclusive, trazem o nome da militar reformada como vice. Sobre essa questão, o TRE-MG informou que “a propaganda eleitoral exige um cuidado maior nos casos em que há dissidência partidária, porque pode haver recurso da parte indeferida, que seria considerada candidata sub judice” e que o fato pode ser questionado porque “a divulgação de material de campanha com diferentes nomes para uma mesma chapa pode induzir o eleitor a erro”.
Sobre a possibilidade de ser obrigado a ter material com o nome de Mauro Quintão, Engler preferiu não responder diretamente à questão e afirmou seguir recorrendo das decisões e enquanto a candidatura dela estiver sub judice, segue cumprindo as agendas ao lado dela. “No caso de uma decisão em trânsito em julgado, indicando que o meu vice tem que ser o Mauro Quintão, vamos ter que buscar uma conversa para ver como seguir a candidatura”, ponderou.
A reportagem tentou contato com Levy Fidélix, mas não teve as ligações atendidas.