Briga partidária

Eleições em BH: Bruno Engler chama Levy Fidélix de ‘mentiroso e sem honra’

O candidato não vai poder ter coronel Cláudia, nome escolhido por ele como vice, nas urnas eletrônicas após decisões da Justiça

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 28 de outubro de 2020 | 17:32
 
 
 
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O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) informou que Coronel Cláudia, nome escolhido por Bruno Engler (PRTB) como vice na chapa, não vai aparecer nas urnas quando o eleitor votar no deputado estadual. Isso ocorre porque as cargas para os dispositivos de votação já foram fechadas e, na ocasião, a Justiça havia deferido a chapa do parlamentar com Mauro Quintão, presidente municipal da legenda.

“O partido só pode ter uma chapa na urna. Em casos de dissidência, como esse, prevalece a que foi deferida pelo juiz eleitoral”, informou o TRE mineiro por meio de nota.

O candidato lamentou a decisão e disparou, mais uma vez, contra o partido. Até o presidente nacional da sigla, Levy Fidélix, entrou na mira. “Inviabiliza muito (não ter Cláudia nas urnas), acho que sou o único candidato que o partido joga contra, meu partido durante todo esse processo tem sabotado a minha candidatura, mas nós sabíamos da dificuldade que nós iríamos enfrentar. Nós estamos enfrentando um sistema podre, tem muitos interesses econômicos poderosos contra a nossa campanha e o nosso partido tem atrapalhado o andamento da candidatura. É profundamente lamentável que o meu partido jogue contra a nossa candidatura e é profundamente lamentável que o Levy Fidélix se mostre uma pessoa sem honra e sem palavra. Se tiver um paulistano lendo, não vote em Levy Fidélix porque o que ele promete, não dá para confiar não, é um mentiroso”, disparou.

Bruno Engler tem feito a maior parte das suas agendas de campanha ao lado de coronel Cláudia Romualdo, como ocorreu nesta quarta-feira em Venda Nova. Os materiais de campanha, inclusive, trazem o nome da militar reformada como vice. Sobre essa questão, o TRE-MG informou que “a propaganda eleitoral exige um cuidado maior nos casos em que há dissidência partidária, porque pode haver recurso da parte indeferida, que seria considerada candidata sub judice” e que o fato pode ser questionado porque “a divulgação de material de campanha com diferentes nomes para uma mesma chapa pode induzir o eleitor a erro”.

Sobre a possibilidade de ser obrigado a ter material com o nome de Mauro Quintão, Engler preferiu não responder diretamente à questão e afirmou seguir recorrendo das decisões e enquanto a candidatura dela estiver sub judice, segue cumprindo as agendas ao lado dela. “No caso de uma decisão em trânsito em julgado, indicando que o meu vice tem que ser o Mauro Quintão, vamos ter que buscar uma conversa para ver como seguir a candidatura”, ponderou.

Também nesta quarta-feira, Engler comentou a impossibilidade do presidente Jair Bolsonaro participar presencialmente em Belo Horizonte para apoiar o candidato do PRTB.

A reportagem tentou contato com Levy Fidélix, mas não teve as ligações atendidas.

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