Carlos Prates

Eleições em BH: eleitora de muletas é carregada por PMs para votar

A enfermeira Michele Oliveira enfrentou dificuldades para chegar à urna em escola do bairro Carlos Prates

Por BERNARDO ALMEIDA
Publicado em 15 de novembro de 2020 | 13:11
 
 
 
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A enfermeira Michele Oliveira, 39, chegou de muletas ao Coleguium, localizado no bairro Carlos Prates, na região Noroeste da capital, e teve que ter ajuda de militares para comparecer à urna.

Michele recebeu a informação de que sua seção havia sido transferida para o segundo andar, só acessível pelas escadas. Ela, que passou por uma cirurgia no tendão no último mês, se viu impedida de votar e, ao procurar os mesários da Zona Eleitoral, foi orientada a justificar o voto. Possibilidade que descartou. 

"Eu só quero é exercer minha cidadania", insistiu Michele. Ela cogitou registrar um boletim de ocorrência enquanto aguardava uma solução. Após cerca de 20 minutos de espera, quatro policiais militares compareceram ao local e carregaram Michele pelas escadas.

Durante toda a manhã, nenhuma fila ou outros empecilhos foram registrados no colégio. Uma urna eletrônica chegou a dar problema, prontamente resolvido, não acarretando transtornos para os eleitores.

Mesários que já haviam trabalhado no local em eleições anteriores observaram que o fluxo não foi prejudicado com as medidas sanitárias adotadas neste ano em função da pandemia de Covid-19. Nenhum eleitor compareceu sem máscara pela manhã. 

A recomendação da Justiça Eleitoral é que quem estiver sem máscara deve ser barrado na entrada da Zona Eleitoral, antes mesmo de chegar à respectiva seção.

 

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