Funcionalismo

Eleições em BH: João Vítor quer ampliar diálogo com servidores públicos

O candidato diz que funcionalismo público da capital se queixa da falta de aproximação junto à prefeitura e que tentará atender aos pleitos apresentados

Por Sávio Gabriel
Publicado em 13 de novembro de 2020 | 13:04
 
 
 
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Em caso de uma vitória nas urnas, o deputado estadual João Vítor Xavier (Cidadania), que disputa a Prefeitura de Belo Horizonte, pretende ampliar o diálogo junto aos servidores públicos municipais. O postulante diz que, ao longo da campanha, a principal reivindicação do funcionalismo foi o diálogo com a administração. Em uma eventual gestão sua, ele ressalta que tentará atender aos pleitos a depender do Orçamento da capital e da conjuntura em virtude da pandemia do novo coronavírus.

“A primeira coisa que tem que fazer é ter uma prefeitura que não receba funcionário público a cassetete, que não aquartele a guarda municipal e nem trate servidor como bandido”, disse, referindo-se ao protesto realizado por professores em 2018 em frente à sede do Executivo municipal e a decisão de dezembro de 2019, quando Alexandre Kalil (PSD) determinou o aquartelamento de agentes em meio a negociações em torno de reajuste salarial para a categoria.

“Vamos reestabelecer o diálogo entre o servidor e a prefeitura. A partir daí, você vai discutindo ponto a ponto as questões, as demandas que forem apresentadas. Aquilo que for possível atender, se atende dentro do Orçamento, do que é possível”, explicou. Sobre demandas que não sejam possíveis implementar, o candidato do Cidadania diz acreditar que haverá uma compreensão “pela dificuldade da conjuntura mundial”.

Embora tenha dito que a falta de diálogo foi a principal reivindicação dos servidores, João Vítor diz que há pontos específicos que precisam ser melhorados. Um deles é a situação dos agentes comunitários de saúde. “São servidores da saúde da família, de endemias, e eles cobram coisas básicas. Falam que não têm uniforme para trabalhar, não recebem uma caneta e que não têm tênis para andar na rua. Disseram que perderam benefícios e são os servidores mais mal remunerados da prefeitura", detalhou.

A equipe do prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi procurada para comentar as críticas a respeito da situação dos agentes comunitários, mas não respondeu até a publicação desta matéria.

Participação popular. O candidato do Cidadania também pretende reforçar os mecanismos de participação da sociedade no processo de tomada de decisão da prefeitura. A ideia do parlamentar é replicar um modelo já adotado na cidade paranaense de Maringá. “Lá eles chamam de Conselho da Cidade. É um grande órgão consultivo da prefeitura com a participação dos servidores públicos, de associações e sindicatos, da iniciativa privada”, explicou.

João Vítor ressaltou que tem preferência por esse modelo de gestão com a participação de representantes de diversos segmentos e entidades que, segundo ele “têm perfil e ajudam na discussão das questões da cidade, trazem colaborações e participam da construção intelectual de propostas”.

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