Flexibilização

Eleições em BH: Kalil propõe aumentar escopo de atividades das bancas de jornais

Candidato à reeleição, ele se reuniu com jornaleiros nesta sexta-feira (30); ideia é que espaços sejam utilizados como floricultura, salão de beleza, entre outros

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 30 de outubro de 2020 | 16:10
 
 
 
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O atual prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), propôs aumentar o número de atividades econômicas que podem ser desenvolvidas nos espaços das bancas de jornais. 

Ele se reuniu nesta sexta-feira (30) com jornaleiros de Belo Horizonte, que expressaram apoio à reeleição do atual prefeito. Além das presenças habituais do candidato a vice-prefeito na chapa de Kalil, Fuad Noman (PSD), e do atual vice-prefeito da capital, Paulo Lamac (Rede), estiveram presentes a secretária de Política Urbana da Prefeitura, Maria Caldas, e o coordenador da campanha de Kalil, o ex-deputado estadual Adalclever Lopes (MDB). O deputado estadual Alencar da Silveira Jr. (PDT) também compareceu.

Em seu discurso, Kalil disse aos presentes que, se reeleito, dará continuidade ao tratamento dispensado ao setor nos últimos três anos. O atual prefeito lembrou que foi o responsável por regularizar a relação entre os jornaleiros e as bancas de jornais enquanto equipamentos públicos.

“Foi uma classe completamente esquecida e abandonada pela prefeitura durante anos, anos e anos. E não deu trabalho nenhum. Você tratar gente como gente. Como eu disse a eles, não tem gato, não tem passarinho, não tem cachorro, todo mundo é gente. E nós tratamos a classe como a gente e resolvemos’, disse Kalil.

Porém, segundo o prefeito, será necessário sentar com o setor e discutir mudanças para que as bancas continuem relevantes. “Nós vamos ter que fazer um estudo junto com eles. Eles sabem e nós sabemos que o papel está em extinção. Então nós temos que ir andando para que eles não fechem, que o papel não vire um fax. Eles não podem virar o fax, o telex”, afirmou.

A secretária Maria Caldas disse que a ideia é enviar um projeto de lei para a Câmara Municipal de Belo Horizonte ampliando os usos possíveis das bancas de jornais. “A nossa proposta é que vocês possam usar o espaço das bancas para várias outras atividades: floricultura, salão de beleza, enfim, tratar o espaço da banca como um espaço comercial com permissão de uso”, disse. 

Além dessas atividades, o plano de governo de Kalil fala ainda de serviços como chaveiro, cópias de documentos e também venda de alimentos.

Durante a pandemia do novo coronavírus, as bancas ficaram abertas porque foram consideradas serviços essenciais, segundo Maria Caldas. Além disso, a Prefeitura de Belo Horizonte suspendeu o pagamento do preço público, taxa que é paga pelos jornaleiros e outros comerciantes que utilizam o espaço público para suas atividades.

A 17 dias do primeiro turno e com 59% das intenções de voto segundo a pesquisa DataTempo/Quaest (registro MG-06804/2020) contratada pela Sempre Editora, o encontro de Alexandre Kalil com os jornaleiros foi o mais descontraído da campanha até aqui.

Antes de discursar, Kalil, em tom de brincadeira, procurou o jornaleiro da banca que costuma comprar jornal, que não estava presente. O atual prefeito disse que não tem ido à banca por causa da pandemia do novo coronavírus. 

Momentos depois, quando a secretária Maria Caldas tomou a palavra, ela disse que havia conversado com o dono da banca que o prefeito frequenta. Segundo ela, o jornaleiro disse que Kalil estava sumido e cobrou a presença dele.

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