Retomada comercial

Kalil sugere mais comércio nas calçadas: 'pedestre terá que mexer a bunda'

Atual prefeito, candidato à reeleição, quer incentivar o uso do espaço público, dando mais liberdade para que os comerciantes ocupem as ruas e consigam se reerguer pós-pandemia

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 07 de outubro de 2020 | 14:25
 
 
 
normal

O atual prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, Alexandre Kalil (PSD), deu mais detalhes sobre sua visão para a cidade caso seja eleito para o segundo mandato. Ele pretende incentivar o uso do espaço público dando mais liberdade para que os comerciantes ocupem calçadas e mesmos as ruas da capital mineira.

“É hora de ajudar o comércio a usar o espaço público. 'Ah porque agora o pedestre vai andar, mas se colocar muita mesa vai ter que fazer uma curvinha'. Ele vai ter que fazer uma curvinha sim porque esses comerciantes, esses pequenos empresários, sofreram demais”, disse, após um encontro com a diretoria do Mercado Central na tarde desta quarta-feira (7). Ele estava acompanhado do candidato a vice em sua chapa, o ex-secretário de Fazenda da Prefeitura de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD).

“E agora vão ter, os pedestres, que mexer sim a bunda um pouquinho mais, vão passar mais apertadinho na calçada porque nós vamos ajudar esse povo”, completou o atual prefeito da capital.

O plano de governo de Kalil apresenta como proposta facilitar a licença para que automóveis e veículos de tração humana possam atuar como pontos de venda nas ruas de Belo Horizonte. Outra ideia é adequar as bancas de jornais e revistas para que possam ser alugadas por serviços de alimentação e outros, como manicures, chaveiro e realização de cópias de documentos.

De acordo com Alexandre Kalil, a tendência é de flexibilização do espaço público em toda cidade caso ele seja reeleito.

O atual prefeito disse que há uma linha “muito tênue entre a burocracia e a baderna” e que, por isso, é necessário fazer o espaço público funcionar para a população sem desordem. Assim, segundo ele, essas mudanças poderiam “ficar para sempre”.

“Nós vamos flexibilizar mesmo. Isso não é fazer camelódromo não. Isso é o comerciante ocupar. Ele pode ocupar mais área na rua, nós vamos tentar fechar mais ruas, botar mais bares; 2021, se Deus quiser, se a gente conseguir passar por essa pandemia, é o ano da indústria, do serviço e do comércio”, afirmou.

Algumas das propostas de Kalil são soluções que foram adotadas pela prefeitura na reabertura do comércio e dos bares e restaurantes, entre elas o fechamento de ruas aos finais de semana para que mais mesas e cadeiras pudessem ser instaladas com o distanciamento social recomendado. 

“A verdade é essa: a pandemia vai ensinar muita coisa para nós”, concluiu Alexandre Kalil (PSD).

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!