Reflexão

Inteligência espiritual deve conduzir as manifestações

Teosofista analisa o poder da força criadora da mente na construção da civilização do futuro


Publicado em 25 de junho de 2013 | 03:00
 
 
 
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O pote transbordou, o caldo entornou geral. As manifestações de rua a que o país tem assistido desde o dia 6 passado revelam a insatisfação geral dos brasileiros com uma situação que ainda não está bem-delineada. O povo sai às ruas e toma consciência de seu poder. “O Brasil é um gigante e está despertando em seu berço esplêndido. As amplas mobilizações de rua em algumas das principais capitais brasileiras mostram que o país se ergue em direção ao futuro”, analisa Carlos Cardoso Aveline, editor do site www.filosofiaesoterica.com.


Segundo ele, do ponto de vista astrológico, até 2023, o mapa do céu não só convida a transformações profundas. “Ele as torna inevitáveis. O redespertar ético dos cidadãos brasileiros em 2013 é uma prova viva de que nada é eterno. A injustiça social e a irresponsabilidade das elites sociais são pesadelos que passam no momento em que um povo acorda para a necessidade de ética e de metas claras”.


Aveline lembra que a teosofia ensina sobre a força do pensamento. “Não basta expressar revolta diante do crime organizado de setores da elite. É necessário combater o crime e articular ao mesmo tempo a proposta ética construtiva e mostrar certa moderação, para que o esforço seja durável. É oportuno usar conscientemente a força das ideias otimistas, porque não há nada mais poderoso do que uma visão saudável e realista de futuro”.


A violência usada por uma minoria nas ruas das principais capitais é condenada pelas próprias lideranças dos movimentos e também pela teosofia. “A não violência é a arma dos fortes. A verdadeira força se mostra pela perseverança lúcida que respeita os adversários da ética como seres humanos, enquanto destrói, sem meias palavras, a prática da corrupção e da injustiça que eles tentam promover. A inteligência espiritual e a intuição estão despertando e mudando a atitude do cidadão atento diante das mais diferentes situações da vida”, defende Aveline.


Os avanços também geram consequências. “O mundo sutil está ligado ao mundo objetivo. Pensamentos, sentimentos, vontade, imaginação, ações e reações são fatores
inseparáveis entre si. O mundo externo é reflexo e consequência do mundo interno e psicológico. Nossa almaé influenciada pelo mundo externo, e é o seu progresso, e não esse ou aquele partido político, que provocará a melhora social”, comenta Aveline.


Helena Blavatsky, escritora e teóloga, apostava na força da meditação como forma de transformação. “Havendo certa intensidade da vontade, as formas criadas pela mente se tornam subjetivas. Mas, para o seu criador, elas são tão reais quanto qualquer objeto visível”, diz.


“Quando ocorre uma concentração mais intensa e inteligente dessa vontade, a forma se tornará concreta, visível, objetiva. O homemterá então aprendido o segredo dos segredos; ele se tornou um mágico”, completa a teóloga.

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