Completa novidade elas não são. As jardineiras frequentam o guarda-roupa de homens e mulheres há tempos, popularizaram-se nos anos 90, mas quase sempre apareciam em versões jeans, pesadonas, ainda que muitos insistissem em usá-las até no verão. Foi só recentemente que esse modelo ganhou fôlego ao receber mais atenção das grifes, com novos tecidos, mais curto e, até mesmo, em versão com saia – a salopete. Nessa pegada de atualização, promete, agora, chegar com força no alto verão.
Mas a peça continua tendo cara de informalidade: por isso, é preciso atenção ao usá-la em lugares sérios e no trabalho, conforme explica a personal stylist Juliana Brasil, fundadora da plataforma My Personal Stylist. “As salopetes e as jardineiras curtas são mais indicadas para ambientes casuais, como passeios de fim de semana, viagens de lazer, praia, ou para ambientes informais, como festas de dia e churrasco na casa de amigos. São peças bastante despojadas e, mesmo que sejam feitas de tecidos mais elegantes, acabam transmitindo uma imagem de um vestuário descontraído”, acredita.
Porém, a combinação com outros itens pode influenciar o resultado final e deixar o modelo transitar. Ao menos é o que defende o estilista Virgílio Andrade, da mineira Virgílio Couture, que incluiu uma saia-jardineira, como a denominou, em sua atual coleção. “Ela funciona para todos os ambientes por ser uma peça-chave a ser combinada com outra. Para o dia a dia, pode ser uma regatinha; em uma reunião ou evento formal, camisa de alfaiataria ou uma peça mais romântica”, destaca.
O estilista Célio Dias, da LED, outra marca de Minas, também faz observação similar. Na sua atual coleção, há duas criações do tipo. “Salopetes e jardineiras ganharam configurações tão diferentes que podem transitar em todos os ambientes. Hoje, temos modelos com pegadas de alfaiataria que circulam tão bem nas ruas quanto em eventos formais, sem contar que tudo vai de acordo com a proposta do look”, diz ele, que também comenta a inspiração para os itens. “Olhamos para as ruas e seus movimentos. A LED acredita em peças democráticas e que sejam confortáveis”, diz.
Uma forma de pensar a proposta completa do visual é focar os calçados. Para dias de sol e descanso, tênis, sapatilhas e rasteirinhas. Em outros momentos, vale investir mais, lembra Juliana. “O mix com sapatos elegantes e marcantes, como sandálias, scarpin e até botas, pode fazer toda a diferença, principalmente com as salopetes e as jardineiras de tecidos mais elaborados, como couro, seda, linho ou renda”, explica.
Por baixo. A principal questão para iniciantes em jardineiras e salopetes também é resolvida pela personal stylist: o que vestir por baixo? “É possível usar camiseta de malha básica, camisa social, regatas de cetim, blusas no estilo cropped e até mesmo body”, enumera Juliana. “Uma jardineira de couro, por exemplo, pode ficar maravilhosa tanto com camisetas básicas, estilo camiseta de banda, dando uma pegada mais rock and roll, quanto com uma camisa social de seda, criando um visual bem mais elegante”, diz
O estilista Vírgilio Andrade faz coro e produziu modelos para essa harmonia. “Desenvolvi peças como camisas de tricoline, passando por blusas de chiffon e babadinhos e até um top de tule bronze com bordado de vidrilhos, simulando o xadrez da coleção”, conta.
Com a proliferação de modelos e em tempos de (finalmente) valorização da diversidade dos corpos, a peça também se democratizou no sentido de atingir um público maior. A personal stylist Juliana Brasil dá dicas para as mulheres. “Para as de corpo estilo retangular, pode ser interessante procurar um modelo mais desconstruído, que não caia na modelagem padrão, muito reta. Para as com corpo triângulo, ou seja, que possuem o quadril largo, o ideal é buscar jardineiras que não sejam justas na região e tenham tecidos fluidos, como a seda, além de evitar peças estampadas”, diz.
Além disso, ela explica que mulheres com corpo estilo tubular ou tipo ampulheta podem usar a peça sem muitas restrições. “Por fim, as que têm corpo triângulo invertido, com ombros mais largos que o quadril, devem procurar peças com detalhes nessa região e mais secas em cima: alças finas são ideais”, ensina.
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