Brasília. Belo Horizonte é uma das três cidades que receberão a etapa final do método Wolbachia para o combate ao mosquito Aedes aegypti, antes da sua incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). A nova fase do projeto World Mosquito Program Brasil, da Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde, ocorrerá também em Campo Grande (MS) e Petrolina (PE). Para isso, a pasta vai destinar R$ 22 milhões. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, nesta segunda-feira (15), em Campo Grande.
A metodologia, complementar às demais ações de prevenção ao mosquito, consiste na liberação do Aedes com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão do vírus da zika, chikungunya e febre amarela. O método é seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza e que vive apenas dentro das células dos insetos.
A última fase de teste, agora em cidades com mais de 1,5 mi habitantes, terá início no segundo semestre de 2019 e vai durar cerca de três anos. Em Belo Horizonte, o ministério apoiará a realização de ensaio clínico randomizado controlado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e apoio do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID).