Relatório

Movimento antivacina é uma das dez ameaças para a saúde em 2019

OMS alerta que imunização evita até 3 milhões de mortes por ano


Publicado em 31 de janeiro de 2019 | 03:00
 
 
 
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Rio de Janeiro. O movimento antivacina foi incluído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global em 2019. Em uma lista na qual figuram vírus mortais como ebola, HIV (Aids), dengue e influenza (gripe), a “hesitação em se vacinar” foi incluída porque “ameaça reverter o progresso feito no combate às doenças evitáveis por meio de vacinação”.

“A imunização é uma das formas mais eficientes, em termos de custo, para evitar doenças”, afirmou a OMS no documento. “Ela atualmente evita de 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser evitado se a cobertura vacinal fosse melhorada no mundo”, justifica no relatório.

Segundo a OMS, as razões pelas quais as pessoas optam por não vacinar os filhos são complexas e incluem falta de confiança, complacência e dificuldades no acesso à vacinação. Há também os que alegam motivos religiosos para não vacinarem a si mesmos ou a seus filhos.

Complicações

Os efeitos da redução da cobertura vacinal já vêm sendo notados, diz a OMS. Os casos de sarampo, por exemplo, aumentaram 30% no mundo, segundo os últimos dados disponíveis (2017). Países onde a doença estava extinta, como os Estados Unidos, voltaram a registrar epidemias.

“Trabalhadores da saúde, especialmente os comunitários, são os maiores e mais confiáveis conselheiros e influenciadores para a decisão de se vacinar, e é preciso apoiá-los para que forneçam informação confiável sobre as vacinas”, diz o relatório.

Segundo a OMS, o ressurgimento do sarampo e de outras doenças evitáveis é uma preocupação séria para o qual a entidade e seus parceiros estão determinados a enfrentar durante todo o ano.

Entre os planos da organização estão os esforços para aumentar a cobertura da vacina contra o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês), uma doença sexualmente transmissível (DST) que causa verrugas genitais e está entre as principais causas do câncer de colo do útero.

A OMS também se comprometeu a deter a propagação do poliovírus selvagem, responsável pelos casos de poliomielite no Afeganistão e no Paquistão.

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