Popularmente conhecido por “pedra no rim”, o cálculo renal assusta os pacientes por provocar uma das dores mais fortes que podemos enfrentar e comparável à do parto e à gerada por doenças como câncer e infarto, de acordo com a literatura médica. Trata-se de uma massa ou agregado cristalino sólido que se forma nos rins a partir de sais minerais presentes na urina.
“É uma doença mais frequente em locais e épocas secas e quentes e mais comum entre os homens”, explica o urologista Raphael Moreira, que ressalta também que quase 50% dos pacientes pode apresentar cálculos novamente depois que o problema é solucionado.
A doença pode surgir por conta de fatores como causas genéticas, infecções urinárias, baixa ingestão de água, uso de medicamentos em excesso (como vitamina C e D, Indinavir, suplementos de cálcio), anormalidades no trato urinário e ingestão elevada de proteínas e sal.
“Mesmo os homens sendo mais propensos, o número de casos de cálculo renal entre as mulheres vem aumentando expressivamente nos últimos 30 anos. Esta mudança pode ser explicada pelos crescentes casos de sobrepeso e obesidade feminina neste mesmo período”, afirma o especialista.
A doença dá sinais de sua chegada por meio de sintomas como dor intensa nos flancos e região lombar (lateral posterior), dificuldade de urinar, enjoo, vômito, calafrios, febre e sangue na urina. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames como raio X, ultrassom e tomografia computadorizada helicoidal, que é a melhor opção.
As dores podem vir acompanhadas de tremedeira, fraqueza, irritabilidade, náuseas e vômitos. Elas se iniciam de forma aguda nas costas (região lombar) e passam a irradiar para a parte anterior do abdômen. O médico explica que, muitas vezes, o paciente com cálculo renal continua urinando normalmente, pois a obstrução pode ser parcial e outro rim segue com sua produção normal de urina.
Tratamento Existem diferentes opções de tratamento para a doença:
O especialista alerta sobre a importância de se prevenir, com simples hábitos diários e acompanhamento médico, uma doença que gera uma dor tão forte. “É fundamental ingerir muita água, para obter um volume urinário maior que 2 litros por dia. Além disso, deve-se manter uma alimentação saudável, diminuindo o consumo de carne vermelha e sal e priorizando frutas e legumes”.
O especialista ressalta ainda a importância do tratamento em casos de infecção urinária e do acompanhamento ativo com um urologista para pacientes formadores crônicos de cálculos.