Programação

Museu da Matemática dos EUA expõe robôs que reagem a humanos

Sistema controlado por computador emprega câmeras e Wi-Fi


Publicado em 20 de dezembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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Nova York, EUA. Por trás de uma cortina escura em um canto do Museu Nacional da Matemática, em Manhattan (conhecido como MoMath), um pequeno grupo de matemáticos, designers e engenheiros trabalhava pesado – rindo, gritando, batendo palmas e se divertindo, enquanto eram perseguidos por robôs.


Eles estavam fazendo os testes finais para uma exposição chamada “Robot Swarm” (enxame de robôs), que já está aberta ao público, exibindo dezenas de robôs brilhantes e interativos que se assemelham a caranguejos.

O museu afirma que essa é a exposição de robôs mais ambiciosa de todo o país. Mas os especialistas reunidos, andando nas pontas dos pés, pareciam um bando de criancinhas de 6 anos.

Protegidos por uma plataforma de vidro de cerca de 3,5 m por 3,5 m, o pequeno enxame de robôs reage a quem quer que esteja sobre o vidro. É uma sensação estranhamente animadora, estar descalço e ter criaturas – ainda que feitas por seres humanos e controladas por computador – reagindo a cada um de seus passos.

“Legal demais, né?”, perguntou o criador da exposição, Glen Whitney, que também é um dos fundadores do museu. “Dá uma sensação de poder”.

Quatro visitantes de cada vez usam guias com um pequeno “ponto refletivo” no ombro direito. Isso envia um sinal localizador para câmeras no teto, que, por sua vez, transmitem as informações aos robôs – levando-os a se moverem de acordo com uma série de padrões predeterminados pelos visitantes em um painel de controle.

Se eles programarem os robôs para o modo “Fuga”, por exemplo, é impossível não se sentir um pouco como o Godzilla, pisando no chão de vidro e espantando os robôs assustados para os cantos da plataforma. O modo “Perseguição” pode ser bem assustador, com os robôs – como baratas ou trilobitas gigantes e brilhantes – seguindo você para todos os lados e se recusando a ir embora – até o algoritmo ser mudado. No divertido modo “O Chefe Mandou”, os robôs imitam todos os seus movimentos.

Quando a bateria dos robôs começa a acabar, eles saem da área central e vão para a área onde se recarregam. Então, são imediatamente substituídos, como se fizessem parte de uma equipe de hóquei com inteligência artificial.

Além de serem divertidos, os robôs exibem um tópico importante de pesquisa nos dias de hoje: a matemática do comportamento emergente. “As regras que governam os movimentos dos robôs são muito simples e fáceis de expor matematicamente. Não é como se cada um dos robôs fosse transportado para fora de seu corpo e fosse capaz de enxergar toda a área. Eles simplesmente compreendem o que acontece nas redondezas. Basta fazer uma coisa simples e especial e seguir as regras. O resultado acaba sendo mais que a soma das partes”, afirmou Whitney.

Essas interações simples e locais levam a um comportamento organizado de larga escala, similar ao de cardumes de peixes ou bandos de gansos. “Esses comportamentos parecem muito orgânicos e muito complexos, praticamente inteligentes. Mas não se trata de inteligência, uma vez que o comportamento se resume a três princípios matemáticos; é possível entender como esses comportamentos evoluíram o longo do tempo”.

Complexo
Rastreamento

Todos os robôs possuem uma câmera que aponta para o chão, em uma superfície composta de inúmeros e complexos círculos que fazem parte de um sistema de coordenadas cartesianas

Coordenadas
Cada robô reconhece suas coordenadas e as envia por Wi-Fi para o computador que toma conta do sistema

Comando
O computador, por sua vez, recebe essas informações e diz aos robôs o que eles devem fazer, para que lado seus motores devem se mover

Flash
Onde
. O enxame de robôs está no Museu Nacional da Matemática, em Nova York. Mais informações no site: momath.org.

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