Buracos e mais buracos

Estradas em Minas: precariedade é dez vezes maior nas vias com gestão pública

Enquanto 2,5% das estradas concedidas são classificadas como ruins ou péssimas, esse índice sobe para 28,8% das estradas públicas

Por Queila Ariadne
Publicado em 22 de março de 2022 | 05:00
 
 
 
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No Brasil, para cada 1 km de rodovia concedido à iniciativa privada, outros 3,5 km estão sob a gestão pública, segundo a Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que considera cerca de 109 mil quilômetros.

A qualidade é inversamente proporcional ao investimento. Enquanto 2,5% das estradas concedidas são classificadas como ruins ou péssimas, esse índice sobe para 28,8% das estradas públicas, que, mesmo precisando mais, recebem muito menos investimentos.

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De 2016 a 2020, por exemplo, cada 1 km de rodovia federal privada recebeu em média R$ 381,04 mil em investimentos, mais do que o dobro da média de R$ 162,92 mil investidos em cada 1 km sob gestão pública.

“Por isso as condições das rodovias concedidas são melhores. É um bom remédio, mas não vai sanar todas as doenças. Seria impossível que 100% das rodovias mineiras, por exemplo, fossem concessionadas, pois há locais que não têm fluxo suficiente que justifique a concessão. A responsabilidade majoritária é do governo, e ele não tem como transferir”, avalia o diretor executivo da CNT. 

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